“Campanha de Lula em 2022 precisa ser aguerrida e, desse ponto de vista, Alckmin atrapalha”, diz Rui Costa Pimenta

Por Ricardo Banana
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Presidente do PCO afirmou que o tucano “desmoralizaria” parte da militância. No entanto, Rui reforçou o “apoio incondicional” de seu partido a Lula.

O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, em entrevista à TV 247, afirmou que uma aliança entre o ex-presidente Lula (PT) com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) seria “um erro colossal”. Para o dirigente político, a campanha de Lula em 2022 “precisa ser aguerrida”, com apoio da militância petista e de esquerda.

Rui Costa Pimenta acredita que, apesar da maioria dos eleitores do Lula “vai votar de qualquer maneira”, com Alckmin ou com outro vice, mas diz que é importante a campanha do petista não se restringir ao voto na urna.

“A campanha precisa ser aguerrida, combativa. O pessoal não pode simplesmente ir votar na hora ‘H’. Tem que sair às ruas, combater as mentiras da imprensa nas redes sociais, tem que ir aos bairros populares disputar com o bolsonarismo as coisas que estão na cabeça do povo. Mostrar uma perspectiva”, declarou.

“Desse ponto de vista”, destacou Pimenta, “a candidatura do Alckmin é a pior possível, porque desmoraliza uma parte da militância. Pessoas que fariam campanha pelo Lula podem não fazer. Vão votar só. Desanimem, fiquem sem motivação porque está lá o Alckmin”.

O presidente do PCO acrescentou que, se for consolidada esta aliança, a imprensa corporativa vai usar isso contra o PT, para desmoralizar as denúncias que foram feitas contra o golpe de Estado em 2016 – liderado pelo PSDB. “[Vão falar que] PT e PSDB são todos da mesma corja. Isso dá muita margem para propaganda negativa” e reforçaria a posição “antissistema” que a extrema direita explora ao mostrar uma relação política entre Lula e o PSDB, segundo Rui.

Apoio incondicional a Lula

O dirigente político, todavia, reforçou que, independemente do candidato a vice, o apoio do PCO à candidatura do ex-presidente Lula é “incondicional”, isto é, não depende de determinadas condições. Ele destacou, porém, que o partido vai fazer campanha para que o vice de Lula não seja o ex-governador de São Paulo.

Em sua avaliação, o vice de Lula deveria ser alguém dos sindicatos, dos movimentos populares ou alguma liderança de base do PT, como a deputada federal Benedita da Silva, do Rio de Janeiro.

(Brasil 247).

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