Na noite da última terça-feira (06), cantos de fé, amor e esperança foram entoados na primeira Cantata de Natal do Hospital da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), levando emoção e alegria aos pacientes, acompanhantes e colaboradores.
Dezenas de pessoas acompanharam o evento que aconteceu no hall do hospital. A comoção provocada pelas músicas era expressada através dos olhos marejados de lágrimas e das palmas.
“Gostei muito, foi muito bom e bonito. Agradeço por ter podido ver esta apresentação. Nunca tinha visto, me emocionei. ”, disse a senhora Edna Caetano. A acompanhante está com sua avó internada a 09 dias no hospital para tratar de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
A cantata foi organizada pelos integrantes do projeto de extensão “Acordes que Curam”, que desenvolve suas atividades no HU-Univasf. O coral foi formado pelos estudantes do projeto, funcionários do hospital e convidados. A programação apresentou um repertório variado, com canções como: “Glória Deus nas Alturas” e “Aleluia (Hallelujah) ”.
“Achei fantástica a iniciativa. A música retrata muitas histórias da vida das pessoas. Acredito que esse momento contribui muito na parte emocional, com esse acalento para os pacientes, familiares e para nós colaboradores que viemos prestigiar esse belíssimo evento”, avaliou a psicóloga organizacional do HU-Univasf, Rúbia Castro.
“Acordes que Curam”
A música faz bem ao corpo e a mente. Ela acalma, relaxa, alegra, resgata lembranças e também colabora no restabelecimento clínico de pacientes. Diversos estudos científicos afirmam que a música tem papel determinante no tratamento de várias doenças.
Pensando em todos os benefícios que a música proporciona, as terapeutas ocupacionais do HU-Univasf, Karoline Santos e Iara Goes desenvolveram o projeto de extensão: “ Acordes que Curam”. A proposta utiliza a música como recurso para estimular fisicamente e psicologicamente os pacientes. O objetivo é proporcionar laser as pessoas que, devido ao internamento, se encontram afastadas de suas atividades cotidianas e quebrar a monotonia hospitalar.
O projeto é formado por 12 estudantes dos cursos de psicologia, enfermagem, medicina e farmácia. As práticas, realizadas semanalmente, variam de acordo com os perfis dos pacientes, levando em consideração as condições clínicas e o gosto musical destes.
O estudante do 3º período de medicina da Univasf, Carlos Milton, afirmou que é possível ver claramente a melhora no quadro de saúde dos pacientes quando ocorrem as intervenções musicais do projeto. “Já observei um caso na UTI em que o paciente estava com braquicardia (retardamento do ritmo cardíaco) e, com a intervenção, a frequência cardíaca aumentou; apenas com o uso da música. Devido a melhora apresentada, foi possível dispensar a prescrição de medicamentos naquele momento. Essa experiência me permite ampliar a minha visão no cuidado dos agravos da saúde para que possam ser pensadas coisas para além do convenciona; permite uma visão mais humanizada. ”, afirmou.Ascom
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