O cortejo afro, que envolve os povos de terreiros de Petrolina não vai participar do carnaval 2017. Faltou estrutura para atender os mais de 300 terreiros do município, que defendem as religiões afro brasileiras. O cortejo tem um ritual religioso para entrar na avenida que envolve carro alegórico, perfumes, flores e percussão. Diferente do que foi feito pelos blocos carnavalescos tradicionais, que segundo a secretaria de cultura de Petrolina receberam toda estrutura, os povos de terreiros não receberam os recursos necessários para viabilizar a participação no desfile.
Em janeiro, Antonio Matos, coordenador do cortejo afro, apresentou à secretaria de cultura, um projeto que justificava os recursos da ordem de 12 mil reais para a criação de estrutura de desfile de 16 terreiros de Petrolina. “A secretaria achou o valor alto. Nós explicamos que para defender nossa cultura precisamos seguir o ritual dos terreiros na avenida. Tem transporte, tecidos, etc. Os recursos não foram liberados e ficamos de fora. E nós entendemos que a negação do direito da participação dos povos é um retrocesso cultural”. Explicou Antonio.
Em 2012 foi aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo então Prefeito Júlio Lóssio, a Lei Municipal 2.472, que autoriza a inclusão no Carnaval Oficial de Petrolina da Associação Espírita e de Cultos Afro-Brasileiros, de autoria da Vereadora Cristina Costa, do PT.
Assessoria de Imprensa
Gabinete Cristina Costa
Vereadora do PT
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