Cientista político diz que foram 62 milhões de pessoas beneficiadas pelos governos do PT

Por Ricardo Banana
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O cientista político Bruno Lima Rocha afirma que o número de pessoas diretamente beneficiadas pelos governos do PT foi de 62 milhões e não 44 milhões, como o próprio PT costuma defender. Para Rocha, embora “alguns dados dos governos de Lula (2003 e 2010) e o período com Dilma na Presidência (2011-2016) indicam a mobilidade social de cerca de 44 milhões de brasileiros (…) outros números apontam que o total de pessoas atingidas por alguma política pública como Minha Casa Minha Vida; Bolsa Família; Pronatec; Prouni; Luz para Todos; IPI Reduzido; Vale Reforma; Vale Cultura; Linha Branca; Linha Cinza, dentre outros, chegaria a mais de 62 milhões”.

“Ideologia importa, e muito. E sentimento religioso não é alienação, e menos ainda o idealismo ou a dimensão utópica da luta são “ruins”. Tampouco “dilemas de falsa consciência”. Muito pelo contrário. É na resultante entre câmbio ideológico, alteração nas relações sociais e instituições coletivamente controladas que residem chances reais de mudanças de profundas. A complexidade do tema e a observação do que ocorre em nosso país implica em desconstruir alguns mitos das “modernizações”.

Existe um sistema de crenças paracientífico, eu diria que afirma alguns equívocos. Um destes é a noção de que “as condições de existência determinam as condições de consciência”. Logo, dentro dos preceitos quadrados ainda de linha soviética (obs. lembrando que a União “Soviética” era tudo menos governada pelo poder dos conselhos de trabalhadores e soldados), existiria esta fantasia sociológica da “classe em si” e a “classe para si”, com vanguardas auto-eleitas dentro da “razão universal”. Interpreto esta visão tacanha de teoria da história algo que rivaliza com o sentimento religioso, mas através de um instrumental “científico”. Nem toda visão modernizante é tributária do modelo stalinista, mas houve similitude em escala global.”

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