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Perda de peso sem motivo, vontade frequente de ir ao banheiro, anemia e sangue nas fezes. Esses são alguns dos sintomas do câncer de intestino (ou cólon ou colorretal), que é o segundo tipo mais frequente em mulheres e o terceiro mais comum em homens no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, até o próximo ano, a expectativa é de mais de 45.630 diagnósticos da doença no país. Uma das maneiras mais eficientes para identificar corretamente a doença é com a realização de exames de imagem e a colonoscopia virtual é uma opção menos invasiva para o paciente.
A colonoscopia virtual é uma técnica que utiliza tomografia computadorizada (TC) para criar imagens detalhadas do cólon e do reto. Diferente da colonoscopia tradicional, que necessita de anestesia e envolve a inserção de um endoscópio pelo reto, o procedimento é realizado sem a necessidade de um dispositivo invasivo. Em vez disso, o paciente é submetido a um exame de tomografia, usualmente sem a necessidade de contraste intravenoso e as imagens obtidas são processadas por softwares especializados para criar uma visualização tridimensional do cólon.
Segundo o coordenador do Centro de Diagnósticos do Hospital Jayme da Fonte, Alexandre da Fonte, essa é uma das grandes diferenças entre os dois tipos de colonoscopia. “Por ser um exame de imagem, o paciente não precisa estar anestesiado, diferente da colonoscopia óptica, já que é necessário inserir um tubo pelo reto para a visualização do intestino. Na virtual, não é necessário introduzir essa mangueira e esse é um dos grandes benefícios do procedimento: ser menos invasivo”, explica.
Apesar disso, o preparo dos dois exames é parecido: é necessário usar remédios laxativos e seguir uma dieta específica. Durante a colonoscopia virtual, o médico precisa introduzir uma fina sonda no ânus para introduzir o gás e dilatar o intestino do paciente. A intervenção pode causar um desconforto, mas usualmente é indolor, e geralmente desaparece após o fim do procedimento. A técnica é indicada quando o especialista não consegue avaliar o cólon todo através da colonoscopia tradicional, para pacientes de idades mais avançadas, que podem ter contraindicações com a anestesia da colonoscopia convencional e também é uma das opções dos exames disponíveis para o rastreamento e diagnóstico precoce do câncer colorretal.
O coordenador e a equipe do Centro de Diagnósticos do Jayme da Fonte (Rafael Vieira/DP) |
Além da menor invasividade e conforto, a colonoscopia virtual tem menos riscos para o paciente do que a colonoscopia óptica (convencional) e a sua capacidade de detectar anormalidades, como os pólipos intestinais e os tumores, é similar à de uma colonoscopia óptica. Outro fator de destaque da colonoscopia virtual é a possibilidade de se realizar um exame sem a utilização dos laxativos, reduzindo a intensidade e a frequência da diarreia, o que é bastante interessante nos pacientes mais idosos e debilitados, que podem sofrer mais com o preparo convencional com laxantes e até vir a ter complicações desse preparo.
“A partir dos 45 anos, a população em geral, que não tem nenhum fator de risco adicional, deve procurar um especialista gastrointestinal para começar a fazer esse rastreamento do intestino e evitar um diagnóstico de câncer de intestino tardio”, finaliza Alexandre da Fonte. Com a identificação precoce, as taxas de cura da doença chegam a 95%.
Próximo ao marco de celebrar 70 anos, o Hospital Jayme da Fonte é referência na saúde pernambucana. A unidade conta com um centro de diagnóstico por imagem, urgência e emergência em diversas especialidades, além de consultas ambulatoriais.
Com informações: Diario de PE