A disputa pela presidência do MDB de Pernambuco tem atrapalhado o projeto político e eleitoral do senador Fernando Bezerra Coelho, que pretende ser candidato ao governo nas eleições deste ano.
Desde o ano passado que, o aliado de Michel Temer, trava uma guerra contra o vice-governador e presidente da legenda, Raul Henry e o deputado federal, Jarbas Vasconcelos, que possuem o comando do partido no estado.
Bezerra Coelho deu entrada ao processo de dissolução da Executiva, juntamente, com o presidente nacional do MDB, o senador Romero Jucá (RR), no entanto, os aliados de Paulo Câmara (PSB) resistiram ao embate. E, de 2017 até agora nada de dissolução e muito entrave para o projeto da “Família Coelho” se consolidar.
Nessa quarta-feira, dia 21, Romero Jucá anunciou novo pedido de dissolução do MDB em Pernambuco para tentar agilizar a resolução, e entregar a legenda a Fernando Bezerra, que está alinhado com o presidente da República para ser candidato ao Palácio do Campo das Princesas.
Nos bastidores, fala-se que se a legenda não for entregue a Bezerra Coelho até o dia 7 de março, quando ocorre a abertura da “janela partidária” para deputados estaduais e federais, ele acabará perdendo apoios e membros importantes para o fortalecimento do seu projeto de candidatura ao governo.
Após a abertura da janela, os deputados tem até 7 de abril para migrarem de partido sem a perda de mandato, sabendo disso, Henry e Jarbas tentam prolongar a disputar interna.
No Palácio, a tática traçada foi a de que quantos mais “atrasar a dissolução do MDB” maiores são as chances de Paulo Câmara terminar bem esse entrave.
Enquanto isso, o projeto de Fernando Bezerra e seus aliados vai minando sem a presidência do partido.
COBRANÇA – Nessa quarta-feira, dia 21, o líder da Oposição na Alepe, Sílvio Costa Filho (PRB) solicitou ao Governador Paulo Câmara (PSB) um planejamento com ações para prevenir contra as chuvas fortes na Mata Sul, que ocorrem nos meses de junho e julho deste ano.
“Qual o roteiro do Governo para enfrentar as fortes chuvas previstas para junho e julho? Quais ações preventivas serão feitas? O que foi prometido que ainda não saiu do papel?”, indagou, acrescentando que em 2017 muitas famílias de Água Preta, Barreiros e Maraial foram vítimas de inundações, nesse período.
BRASÍLIA – O deputado federal licenciado e Secretário Estadual de Habitação, Kaio Maniçoba(MDB), esteve em Brasília em busca de recursos e ações para cidades do estado.
“Estive reunido com o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, buscando recursos para diversos municípios de Pernambuco que irão melhorar a qualidade de vida da população”, destacou.
SEGURANÇA – O Deputado Federal, Bruno Araújo (PSDB), reforçou a crítica do Senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) com relação à crise da segurança pública em Pernambuco.
Em artigo, o tucano afirma que o Estado teve uma queda de 5,6% nos investimentos públicos, entre 2016 e 2017, fato que teria ajudado no aumento da violência.
“Menos recursos para investimentos significa falta de dinheiro para estradas, novas escolas, equipamentos de saúde e, é claro, para combater a criminalidade. Os 5,4 mil assassinatos que ocorreram no estado ano passado provam isso. A verdade é que nossa taxa de homicídios atual é mais alta do que a do Rio de Janeiro”, alertou.
TEMPORAL – Em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, o prefeito Branquinho (PSB) alertou que as chuvas deixaram, pelo menos, 40 famílias desabrigadas.
Ontem, dia 21, o chefe do executivo informou que a Prefeitura de Bezerros estava tomando todas as medidas necessárias para amenizar a situação das famílias atingidas pela enxurrada. O Governador Paulo Câmara se prontificou para ajudar a população, após o temporal.
ESTRATÉGIA – O ex-governador João Lyra (PSDB) passou a pregar duas candidaturas próprias na Frente de Oposição, independente da situação da vereadora Marília Arraes (PT).
Outros políticos da frente, também, defendem múltiplas candidaturas, é o caso do pré-candidato ao Senado, o deputado federal Silvio Costa (Avante). A estratégia é levar as eleições para o segundo turno, e fazer uma aliança conjunta para derrotar Paulo Câmara.
PERGUNTA DE FOGO – Guilherme Uchôa desembarcará da base de Paulo Câmara? (Robério Sá)