O ex-deputado Eduardo Cunha, condenado no âmbito da Operação lava Jato, deverá tentar fechar um novo acordo de delação premiada com a equipe da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge. A proposta, porém, só deverá ser apresentada após os cinco investigadores que faziam parte da equipe do ex-procurador geral Rodrigo Janot deixarem o grupo de trabalho.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, Cunha deseja o afastamento do promotor Sérgio Bruno, que faz parte da equipe de transição além de quatro outros investigadores. Todos eles devem deixar o cargo nos próximos 30 dias.
Segundo interlocutores, Cunha pretende usar este período para aditivar o conteúdo da delação visando tornar a proposta de um acordo mais atrativa para a PGR.
A equipe de Janot, porém, já havia destacado que os novos anexos da delação propostos pelo ex-parlamentar visavam atingir os inimigos políticos e desafetos, poupando os amigos e aqueles que ele consideraria que lhe foram leais.
A delação de Cunha é considerada como altamente explosiva, uma vez que poderia implodir de vez o governo Michel Temer devido ao teor das denúncias com potencial para envolver diretamente o núcleo do governo do peemedebista. (247)
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