Pelo menos em um dia do ano, os poderes públicos de Juazeiro, Petrolina e até federal, através do Exército, ocuparam a Ilha do Fogo. E foi ontem, dia 27 de junho, quando aconteceu no espaço uma audiência pública para discutir o futuro da Ilha, já que os militarem devem se apossar da área por uma determinação judicial em agosto. Em sua fala, o Comandante do 72º BIMTz, James Carlet, criticou o bar construído na ilha, funcionamento de um suposto motel e o descaso dos poderes públicos de Petrolina e Juazeiro.
Também em tom de critica, alguns populares condenaram um suposto aproveitamento político do evento.
“A preocupação é válida. Mas tem político que nunca vem aqui, e agora estão todos. Fica a dúvida se essa presença é motivada pelo lado social ou pelo político”, comentou o ator Nilto Miranda.
Já o estudante da Univasf Edson Carvalho, 24, morador do bairro juazeirense Kidé, afirmou que Ilha deve ser da sociedade civil “A ilha é do povão. Considero um desperdício vê-la militarizada, levando em consideração o que ela representa para as duas cidades”.
O Comandante Carlet enfatizou que é preciso que o gestores públicos locais se responsabilizem pela Ilha do Fogo, se não quiserem ver o Exército ocupando o espaço. “Temos aqui um bar embaixo de uma torre de energia. Ali atrás tem um espaço que, ao que parece, funciona como um motel. Tenho aqui em mãos uma tabela de preços por hora. Será que esses estabelecimentos têm alvará? O Exercito não faz questão de se apossar da ilha, mas é preciso que os poderes locais apresentem propostas para ocupar a área”.
Em sua rápida intervenção, o deputado estadual pelo PT de Petrolina, Odacy Amorim, sugeriu a criação de uma comissão para discutir proposta para a Ilha. A sua colega de legenda e assembleia, Isabel Cristina, questionou a atuação do Exército nas fronteiras do território nacional e perguntou por que ocupar a Ilha do Fogo, já que há tantas outras pelo rio, o que causou arrancou enfático aplauso dos populares que defendem a não ocupação militar do espaço.
Blog do Banana