Como Lula, Haddad obtém sequência de vitórias na Justiça e é inocentado por denúncia contra promotor

Por Ricardo Banana
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O ex-prefeito de São Paulo e virtual candidato do PT ao governo do estado, Fernando Haddad, obteve nova vitória judicial com decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que reverteu a condenação imposta a ele por denunciar o promotor Marcelo Milani à corregedoria do Ministério Público. Com isso, o ex-prefeito não terá que pagar R$ 200 mil a título de indenização. Haddad, assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem conseguindo seguidas vitórias na Justiça e conseguindo provar ser inocente de acusações que lhe foram imputadas no espírito lavajatista dos últimos anos.

De acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o TJ-SP concluiu que não houve ato ilícito por parte do ex-prefeito ao fazer a denúncia contra Milani e que apenas comunicou o relato que ouviu ao MP. No relato feito à corregedoria, após abordar o assunto em uma entrevista à revista Piauí, em 2017, Haddad disse ter ouvido de dirigentes do Corinthians e da Odebrecht um suposto pedido de propina de R$ 1 milhão envolvendo o promotor. Na época, Haddad estava à frente do Executivo municipal. Em 2018, o ex-prefeito foi condenado a pagar R$ 200 mil ao promotor, por calúnia, injúria e difamação.

Na decisão desta segunda-feira (6), porém, o desembargador Alexandre Malfatti, da 20ª câmara de Direito Privado, reverteu a decisão anterior. O voto, de 68 páginas, foi acompanhado pelos desembargadores Roberto Maia e Álvaro Torres Júnior.

Esta não foi a única vitória judicial do ex-prefeito. Em dezembro de 2016, a juíza Carmen Cristina Teijeiro e Oliveira, do (TJ-SP), considerou improcedente a ação que o Ministério Público (MP) impetrou contra o então prefeito por ter usado os recursos arrecadados com multas de trânsito para pagar salários de funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), além de construir ciclovias, terminais e corredores de ônibus.

Em junho deste ano, Haddad foi absolvido por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) da acusação de crime de caixa 2 durante a campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo em 2012.

(Brasil 247).

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