O Congresso criou na manhã desta quinta-feira (19) a CPI mista que vai investigar “práticas criminosas” cometidas pelo empresário de jogos ilegais Carlos Cachoeira, com a participação de agentes públicos e privados, desmontadas pelas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal.
Com a leitura do requerimento que pede a instalação da CPI no plenário do Congresso, que ocorreu hoje, ela fica automaticamente criada.
Para ser instalada, no entanto, os líderes partidários precisam indicar seus membros. A presidente interina do Congresso, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), deu o prazo até terça-feira (24) para os partidos indicarem seus membros na comissão –que será composta por 15 deputados e 15 senadores, com igual número de suplentes.
Os líderes afirmam que, entre as prioridades da CPI, está a convocação de Cachoeira para prestar depoimento. Também está nos planos dos parlamentares a convocação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), suspeito de favorecer os negócios de Caachoeira.
O pedido de criação da CPI foi protocolado na terça-feira com as assinaturas de 67 senadores e 340 deputados. Número mais do que suficiente para garantir a instalação. São necessários 171 na Câmara e 27 no Senado.
O governo da presidente Dilma Rousseff vai trabalhar para tentar manter sob controle a CPI. O objetivo é negociar com a base aliada, principalmente o PMDB, para evitar “pirotecnias” na CPI até o final de junho, contando que o recesso parlamentar de julho esfrie o caso.
No entanto, o Palácio do Planalto já traça uma estratégia para redução de danos no caso de revelações que atinjam contratos do governo federal.
Fonte: Folha.com
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