Constesf dá passo inicial para concessão em resíduos sólidos

Por Ricardo Banana
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O Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sertão do São Francisco (Constesf) deu o primeiro passo para a concessão dos serviços de coleta, tratamento, transbordo, reciclagem e destinação de resíduos sólidos, um problema grave na região. Representantes dos nove municípios que compõem o Consórcio (Campo Alegre de Lourdes, Casa Nova, Canudos, Curaçá, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé, Sobradinho e Uauá), reunidos com representantes da Caixa e da Presidência da República na sede da Companhia de Desenvolvimento dos Vales de São Francisco e Parnaíba (Codevasf), em Juazeiro (BA), ontem (19), debateram os detalhes do projeto, que será elaborado por um consórcio de consultores, tendo à frente a Benvenuto Engenharia, de São Paulo.
“Este é um sonho realizado”, comemorou o presidente do Constesf, Régis Cleivys Sampaio, também prefeito de Sobradinho. “Principalmente para os pequenos municípios, que têm muitas dificuldades para cumprir as determinações do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Somos muito cobrados pelo Ministério Público e pelos cidadãos, e também nos cobramos porque temos pressa para eliminar os lixões”, disse.
O Constesf é o segundo consórcio baiano de municípios e um dos 39 em todo o país que atenderam à convocação da Caixa e da Secretaria de Parcerias da Casa Civil da Presidência, para a elaboração de projetos que permitirão realizar licitações cobrindo todo o ciclo de resíduos sólidos. Os consórcios terão até o final de 2024 para realizar as licitações.
O investimento no projeto de concessão do Constesf envolve investimentos de R$ 7 milhões, da Caixa. O objetivo é que os recursos sejam recuperados com investimentos privados na licitação. Parte dos investimentos da Caixa será destinada à educação ambiental e à comunicação com as comunidades, para sanar todas as dúvidas sobre o projeto. “O objetivo será sempre trabalhar com toda a transparência”, afirmou, no encontro de Juazeiro, o representante da Caixa matriz, Miqueias Assunção. “O processo deverá gerar melhores serviços e criar mercado, valor e postos de trabalho em áreas como reciclagem e aproveitamento dos resíduos, beneficiando, inclusive, as cooperativas de catadores”, concluiu Lucas Benvenuto, do consórcio que irá elaborar o projeto de concessão.

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