Nada poderia causar mais contraste do que um canal repleto de água, pronta para consumo, com um açude, localizado a poucos quilômetros e seco, tomado por pedras e galhos secos de árvores mortas, devido ao sol forte e à falta de água para irrigar o solo e a folhagem. Essa é a situação do Projeto Público de Irrigação Pontal, localizado no município de Petrolina, região semiárida de Pernambuco e o açude Vira-Beijú, situado também no sertão do Estado, distante apenas 3 km. Para mudar a situação, tanto a população, quanto o ex-deputado Osvaldo Coelho, reivindicam que a água do Pontal possa abastecer o açude.
Com uma área total irrigável de 7.717 hectares, investidos cerca de 300 milhões, o projeto público está parado há muitos anos e a água serve apenas para hidratar o canal, evitando que as paredes sequem e terminem quebrando com o calor das altas temperaturas registradas na região. Já o açude, tem capacidade para mais de 11 milhões de metros cúbicos de água, muita dificuldade para acumular o recurso natural e poderia está alimentando outros mananciais.
Em uma cidade com grande potencial econômico, onde a irrigação e a produção de uvas e mangas fez com que Petrolina fosse consagrada como a maior exportadora de frutas e como o segundo maior centro vinícola do país, um projeto que poderia estar ajudando ainda mais agricultores, dependentes da água para irrigar suas lavouras e nutrir os animais, está parada há anos, sem conclusão e deixando de servir ao açude Vira-Beijú. São os contrastes que encontramos hoje na região e que devem ser questionados junto ao Governo Federal, através do Ministério da Integração Nacional.
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