Corpo de Dominguinhos é velado na Assembleia Legislativa, no Recife

Por Ricardo Banana
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imageO corpo do cantor e compositor Dominguinhos está sendo velado, na manhã desta quinta-feira (25), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no bairro da Boa Vista, área central do Recife. O artista faleceu na última terça (23) no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas. Com o dia ainda escuro, alguns fãs do artista já aguardam em uma fila organizada do lado de fora da Assembleia.

Na porta da Alepe, o filho de Dominguinhos, Mauro José Silva de Moraes, se aproximou para ouvir as homenagens dos fãs, que cantam a obra do sanfoneiro. Um dos artistas que foi ao local logo cedo prestar homenagem foi o cantor de forró Alcymar Monteiro. Junto com os fãs, ele entoava músicas de Dominguinhos.

Na fila, a historiadora paulista Eloá Chouzal estava emocionada. “Eu não o conheci, apenas através da música. Estou aqui trabalhando em uma pesquisa para o museu de Luiz Gonzaga, não podia deixar de me despedir. A cultura sofre hoje de várias formas, ele era um grande músico e uma grande pessoa”, afirma Eloá.

Amigo da família de longa data, o bancário e pesquisador Paulo Vanderley conta que sempre vai lembrar da genialidade musical de Dominguinhos. “Só que, por incrível que pareça, quando o conhecia, ele era um ser humano superior ao músico. Vou guardar muitas lembranças dele”, diz, emocionado, Vanderley.

Logo cedo a família já aguardava ao lado do caixão. Saviano do Acordeon, irmão de Guadalupe, prestou uma homenagem ao ex-cunhado tocando canções do músico. O prefeito do Recife, Geraldo Julio, também chegou cedo para prestar uma última homenagem ao músico pernambucano. “Esse é um momento de muita dor para todos. Dominguinhos deixa para nós duas grandes lições. A primeira é o talento, a importância da música, não só para o forró, mas a música como um todo como um caminho para uma vida melhor para nossos jovens. A segunda é a luta pela vida, ele lutou até o final”, afirma o prefeito.

O cantor Alcymar Monteiro aponta que Dominguinhos é uma verdadeira escola para os músicos que surgem agora. “Luiz Gonzaga inventou o forró, mas Dominguinhos o modernizou tanto em sua forma, quanto em seu conteúdo. Todos deveriam estudar sua obra”, defende.

São Paulo

O corpo foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo desde a madrugada de quarta (24) e partiu para o Recife às 23h10 do mesmo dia. O velório no Recife estará aberto ao público a partir das 8h a pedido da família, já que os parentes ainda não tiveram um momento sozinhos com o corpo na capital paulista. Ainda não há informações sobre data e local do enterro do cantor – cemitérios em Paulista, no Grande Recife, e em Garanhuns, no Agreste, são as principais opções.

O artista morreu aos 72 anos. Ele lutava havia seis anos contra um câncer de pulmão. De acordo com o hospital, o músico morreu às 18h em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas. Ao longo do tratamento, ele desenvolveu insuficiência ventricular, arritmia cardíaca e diabetes. Dominguinhos foi transferido para a capital paulista em 13 de janeiro. Antes, esteve internado por um mês em um hospital no Recife. (G1)

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