O vereador Ronaldo Cancão, do PTB-PE, não quis colocar mais panos quentes na atuação da Comissão de Saúde da Câmara de Petrolina-PE, presidida por seu colega de bancada, vereador Gilberto Melo, PR. Na semana passada, o petebista fez duras críticas quanto à atuação do colegiado na fiscalização da atuação da saúde pública, especialmente às milhares de reclamações que a população petrolinense vem fazendo sobre o atendimento do Hospital Dom Malan que é gerido pelo Imip.
São reclamações, casos que viraram motivos de comoção e revolta na cidade como o da jovem Miriam Carvalho, de 15 anos, que morreu quando foi ter o filho e a família acusa o hospital de negligência no atendimento. São fatos que serviram de justificativa para a implantação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Casa Plínio Amorim, proposta por Cancão e subscrita por outros colegas de parlamento.
Na sessão desta terça, 15, o vereador governista revelou que a instalação da CPI será nesta quarta-feira, 16. Ronaldo frisou que tudo já foi acordado com o presidente do poder legislativo local, vereador Osório Siqueira, PSB.
“Já estamos com cinco integrantes. Ao todo serão sete nomes e será uma comissão suprapartidária. Já conversamos com o jurídico da Casa que nos respaldou para iniciar os trabalhos. A meta será apurar as diversas denúncias vindas de pacientes que precisam ou já precisaram, serem atendidos no Hospital Dom Malan e que tiveram de retorno, lamento, tristeza e milhares de irregularidades, provocadas, conforme a população, pelo mau atendimento encontrado no hospital”, argumentou Ronaldo Cancão.
O vereador avisa que a CPI não terá poder de polícia, mas tem a prerrogativa de investigar as irregularidades apontadas pelo povo petrolinense no tocante ao HDM-imip e cobrar providências.
“Como vereador, solicitei ao delegado regional, todos os inquéritos abertos na Polícia Civil de Petrolina, contra o Hospital Dom Malan. A CPI poderá durar tanto uma semana, como 15 dias, como um mês. Garanto que daremos celeridade na apuração e na cobrança de providências”, concluiu Ronaldo Cancão.