A greve dos bancários ganha, a cada dia, mais adesões. Ontem, sexto dia de paralisação, 9.665 agências de todo o país ficaram fechadas — no ano passado, pouco mais de 10 mil unidades não funcionaram ao longo do movimento, que durou um mês. As informações são da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). De acordo com a lideranças sindicais, as negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não foram retomadas.
Em Pernambuco, 84% das 602 agências ficaram fechadas na terça-feira (24), além de todos os prédios administrativos de bancos públicos e privados. Ao todo, 507 das 602 agências que funcionam no estado aderiram à greve. Nos bancos públicos, a paralisação atingiu 95% das agências (271 das 285), enquanto nos privados a greve parou 74,4% das unidades (238 das 317).
De acordo com o sindicato dos bancários no estado, mais de 10 mil trabalhadores estão parados na capital e no interior, número que representa 86% dos 12 mil funcionários do setor em Pernambuco.
Nesta quarta-feira (25), a categoria realiza uma passeata e um bandeiraço pelas ruas do Centro do Recife, a partir das 15h. A concentração será em frente à sede do sindicato (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista), de onde os grevistas partem em direção ao Parque Amorim, no mesmo bairro.
Reivindicações
Os bancários estão de braços cruzados desde a última quinta-feira, após recusarem a proposta da Fenaban de aumento salarial de 6,1%. Os trabalhadores querem um reajuste de 11,93% — 5% de ganho real. Eles ainda reivindicam um piso salarial de R$ 2.860,21, com base em um cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “Os bancos, que formam o setor mais lucrativo da economia brasileira, nos ofereceram apenas a reposição da inflação. Não aceitamos e vamos continuar em greve até que as nossas reivindicações sejam atendidas”, protestou Jaqueline Mello, presidente do sindicato. (Diario de Pernambuco)
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