Criticada por indústria, Dilma vai a sabatina da CNI com Aécio e Campos

Por Ricardo Banana
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imagem2Presidente Dilma Rousseff e o ministro Guido Mantega participam de uma reunião com empresários no Palácio do Planalto, em 2012; relação do governo com setores da economia está desgastada

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) vai debater nesta quarta-feira (30) propostas para o setor com os candidatos à Presidência da República melhor colocados nas pesquisas eleitorais. Participarão dos painéis de discussão com os empresários a presidente Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição, e os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

O governo da petista é fortemente criticado por setores da indústria, que discordam da política econômica do Planalto.

O evento é ainda o primeiro em que os três principais presidenciáveis participam no mesmo dia. No entanto, os candidatos serão ouvidos separadamente e não debaterão entre si.

No evento, os empresários pretendem apresentar aos candidatos propostas para ampliar a competitividade das indústrias brasileiras. A CNI defende como prioridade a reforma tributária, com simplificação do sistema e a redução dos impostos.

Durante o encontro, cada candidato terá 1h25 para ouvir as prioridades da indústria, apresentar suas propostas e responder às perguntas dos empresários. A CNI formula propostas para melhoria da indústria desde 1994. Neste ano, a instituição preparou 42 propostas para o próximo governo e pretende convencer os candidatos a assumirem o compromisso de aplicar as sugestões, que incluem projeto de lei e instruções normativas.

Na sabatina, Dilma deve ser questionada sobre um dos pontos mais polêmicos de sua gestão, a política econômica. Nos últimos três anos, a presidente tomou medidas que beneficiaram a indústria, como a desoneração da folha de pagamento e a redução das tarifas de energia, mas as ações não evitaram o desempenho fraco da indústria neste ano.

Entre as principais críticas ao governo, estão o baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), a falta de previsibilidade sobre as medidas que serão tomadas e a dificuldade de controlar a inflação.

Na corrida ao Palácio do Planalto, Dilma minimiza a desaceleração da economia brasileira para tentar diminuir o índice de rejeição. O encontro de hoje tenta diminuir esta insatisfação.

Já os adversários mais bem colocados nas pesquisas, Aécio e Campos, defendem que a presidente é uma má gestora e é a maior responsável pelo desempenho da economia. (UOL)

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