O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) bateu pesado no procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol, e nos juízes Sergio Moro e Marcelo Bretas, responsáveis pelo julgamento dos processos na Operação Lava Jato no Paraná e no estado do Rio de Janeiro, respectivamente.
“Moro, Bretas e Dallagnol: três bravateiros fascistas e abusados, beneficiários de auxílio moradia ilegal e imoral, resolveram tentar constranger o Supremo. Essa turma tem que ser enquadrada”, escreveu o petista no Twitter.
A polêmica envolvendo o auxílio-moradia do magistrado veio após uma matéria do jornal Folha de S. Paulo apontar, em fevereiro, que o juiz federal Sergio Moro recebe R$ 4.378 deste benefício, mas, com salário-base de R$ 28.948, remuneração bruta dele chega a R$ 34.210, se somados os benefícios. Vale ressaltar que o valor está acima do teto constitucional do setor público, de R$ 33.763.
Mas o curioso é que, em determinados meses, o valor pode ser ainda maior. Em dezembro de 2017, por exemplo, o juiz ganhou R$ 6.838 em gratificações, aumentando o salário para R$ 41.047.
Ao justificar o benefício, o magistrado disse “o auxílio-moradia é pago indistintamente a todos os magistrados e, embora discutível, compensa a falta de reajuste dos vencimentos desde 1 de janeiro de 2015 e que, pela lei, deveriam ser anualmente reajustados”.
O juiz Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio havia ido ao Twitter defender o direito a acumular o recebimento de auxílio-moradia com a esposa, também juíza Simone Bretas. “Pois é, tenho esse ‘estranho’ hábito. Sempre que penso ter direito a algo eu VOU À JUSTIÇA e peço. Talvez devesse ficar chorando num canto, ou pegar escondido ou à força. Mas, como tenho medo de merecer algum castigo, peço na Justiça o meu direito”, disse Bretas. (247)