Por Kiko Nogueira
O delegado de Polícia Federal Gastão Schefer Neto se suicidou. Ele sofria de transtornos psíquicos. Schefer foi candidato a deputado federal e estava lotado na Superintendência Regional da PF, no Paraná. Em 2019, virou assessor do ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado pela ministra/pastora Damares Alves. Ficou famoso em maio de 2018, quando quebrou o equipamento de som utilizado por apoiadores de Lula na época em que o ex-presidente estava preso na Superintendência da PF. Após o ataque, ele teria dito que estava nervoso e com dificuldades para dormir.
A organização do acampamento Lula Livre registrou ocorrência na 4ª DP. Em nota, pedia-se que a Polícia Federal tomasse medidas disciplinares contra o delegado. “Do contrário, a instituição se tornará cúmplice de mais este atentado”, lembrava o texto. Nada foi feito, evidentemente.
Evangélico, Schefer seguia nas redes a conta de um clube de tiro e participava de grupos como “Curitiba contra o PT”, “Pena de morte sim” e “A nossa bandeira não é vermelha”. Em entrevista a uma rádio em 2014, defendeu o armamento do “cidadão de bem”. “Hitler foi um dos primeiros a fazer desarmamento da população. Tirando as armas da população fica fácil de pegar e atacar, fazer o que quiser”, disse, repetindo a idiotice que se popularizaria com Bolsonaro.
