Como presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o deputado Danilo Cabral anunciou hoje (1) que na segunda-feira (4), vai dar entrada no Ministério de Minas e Energia em um pedido de suspensão da decisão da privatização da Companhia, para que haja um debate maior com a sociedade, assim como ocorreu na recente questão da Amazônia.
“Queremos que o Ministro Fernando Coelho Filho dê a Pernambuco o mesmo tratamento que ele deu à Amazônia”, afirmou Danilo. De acordo com o deputado, o governo federal recuou no caso da Amazônia para permitir que o Brasil faça um debate mais aprofundado sobre a abertura da exploração da mineração na região. “Da mesma forma e também em função da soberania nacional, é importante que o governo dê o mesmo tratamento ao setor energético”, disse.
A visita da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf ao diretor-presidente, Sinval Zaidan, ocorreu na manhã de hoje, na sede da estatal, no Recife. Além de Danilo Cabral, também participaram os deputados federais Severino Ninho, Tadeu Alencar e Luciana Santos, e ainda a deputada estadual Laura Gomes (representando a Assembleia Legislativa de Pernambuco).
Foram apresentados os objetivos da Frente e iniciado diálogo com a direção da Chesf sobre as consequências da proposta do Governo Temer em privatizar a gestão do setor elétrico brasileiro.
Entre as implicações dessa medida, a ANNEL – Agência Nacional de Energia Elétrica já anunciou um aumento de 16% na conta de luz dos brasileiros. “Ao mesmo tempo, a medida é danosa também para o Rio São Francisco, cuja a transposição vai levar água para mais de 12 milhões de nordestinos”, disse Danilo.
Sinval Zaidan informou que a Chesf ainda não tinha sido ouvida pelo governo federal sobre a privatização e que a Companhia aguardava a publicação das normas dessa venda para emitir qualquer opinião e fazer o debate.
Após a reunião com o diretor-presidente da Companhia, os parlamentares foram recebidos no pátio da Chesf pelos servidores da Companhia e pelos presidentes dos sindicatos Sindurpe-PE, Senge, Sindeletro, Sinergia, Frune e Sinpro. “Estou aqui como militante e podem contar conosco para defender essa causa”, falou Danilo Cabral.
Ascom
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