As contrapartidas do Governo do Estado necessárias para viabilizar a implantação da Escola de Sargentos em Pernambuco foram alvo de pronunciamentos durante a Reunião Plenária dessa terça (21). Vários deputados se somaram ao Coronel Alberto Feitosa (PL) para criticar a postura do Poder Executivo estadual na negociação com as Forças Armadas para a vinda do empreendimento bilionário. Na avaliação de Feitosa, é “inacreditável ver tanta letargia e leniência do Estado em tomar essa decisão”.
O deputado argumentou que Pernambuco precisa ser mais “audacioso” para não perder o estabelecimento de ensino para outros Estados. “Existem dois concorrentes bem agressivos, que são o Rio Grande do Sul e o Paraná, que estão se colocando disponíveis, vindo até o Comando Militar do Nordeste para conhecer o projeto, já no intuito de levar daqui uma obra que é fundamental do ponto de vista social, econômico e de melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) daquela região”, alertou.
Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Escola de Sargentos, Renato Antunes (PL) afirmou que há interesse por parte do Governo de Pernambuco em trazer o empreendimento, mas que o Estado “precisa sair do campo das ideias e partir para a prática”. O deputado também opinou que o argumento de proteção ambiental não pode inviabilizar o projeto. Segundo ele, o discurso de que o Exército está desmatando a Mata Atlântica não procede, e que, de 1% da área destinada ao projeto da escola, a instituição pretende usar apenas metade.
A proposta das Forças Armadas em análise no estado é de ocupar uma parte do Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti, já pertencente à instituição, localizado dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe. Em apartes, os deputados Eriberto Filho (PSB), Sileno Guedes (PSB) e João de Nadegi (PV) cobraram uma definição do Governo do Estado sobre as contrapartidas indicadas pelo Exército para trazer o empreendimento, dentre elas a requalificação de acessos viários, a instalação de uma rede de fibra ótica e a oferta de água e esgoto no bairro de Chã de Cruz, em Paudalho, na Mata Norte.
Na próxima segunda (27), a Frente Parlamentar dedicada à discussão do empreendimento vai realizar mais uma audiência pública sobre o tema, com foco nos impactos socioambientais. No tempo do Pequeno Expediente, Renato Antunes pediu que os deputados compareçam em peso ao evento. Ele recebeu o apoio do presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), em defesa do empreendimento.
Com informações da Alepe