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Especialistas alertam sobre os sinais que indicam problemas no coração e recomendam estilo de vida saudável
As doenças do coração vêm afetando cada vez mais as mulheres, que são mais suscetíveis aos casos de infarto com dor torácica atípica. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as cardiopatias respondem por um terço das mortes de mulheres no mundo, totalizando 8,5 milhões de óbitos por ano. No dia 29 de setembro é celebrado o Dia do Coração, que tem o objetivo de alertar sobre a importância dos hábitos saudáveis para preservar a saúde cardiovascular, inclusive da população feminina.
Segundo o cardiologista e docente do IDOMED, Pablo Oliveira, há diferenças relacionadas aos sintomas de infarto. Em homens, o principal sinal do problema de saúde é a dor torácica, que é uma sensação de aperto, irradiando para o membro superior esquerdo ou pescoço. Já as mulheres apresentam dor torácica, que é considerada atípica, pois não é uma dor com as características clássicas (dor em aperto, irradia para membro superior esquerdo, outras), podendo ter sensação de náusea, dor no estômago, além de cansaço e arritmia.
“Ressalto que essa diferenciação da dor torácica entre homens e mulheres está vinculada principalmente à anatomia cardíaca feminina, pois as artérias são mais finas e tortuosas, além do mecanismo relacionado ao processo de trombose. Neste caso, o infarto em homens está associado ao rompimento da placa de gordura que leva a uma obstrução abrupta do fluxo sanguíneo nos vasos coronarianos, enquanto nas mulheres, além da obstrução, pode também ocorrer um processo erosivo arterial”, explicou o especialista.
O médico também ressalta a importância de a população feminina sempre buscar ajuda médica ao observar qualquer sintoma relacionado à cardiopatia. “Neste dia do coração, ressalto que é importante que as mulheres consultem com o médico cardiologista ao perceberem sintomas, como dor no peito, cansaço, para evitar doenças com desfechos graves, como o infarto agudo no miocárdio”, destacou.
O cardiologista ainda reforça que é fundamental buscar mudanças no estilo de vida para que as mulheres preservem a saúde cardiovascular. Entre as medidas indispensáveis estão o sono regulado, prática de atividades físicas regulares e a alimentação saudável.
Alimentação equilibrada
A nutricionista e docente da Estácio, Mahyá Martins, destaca que a alimentação é um dos pilares para a preservação da saúde. Ela ressalta que há alguns alimentos, que são grandes aliados para trazer benefícios diretos para a saúde cardiovascular de homens e mulheres.
“Ressalto que é importante priorizar o consumo de alimentos ricos em antioxidantes, fibras e gorduras insaturadas, que são conhecidas como “gorduras boas”, com destaque para a poli-insaturada e a monoinsaturada, que diminuem o risco de doenças cardiovasculares, inclusive o infarto. Os principais exemplos de alimentos são o azeite de oliva, aveia, alho, tomate, linhaça, suco de uva integral e abacate”, explica a especialista.
A nutricionista também destaca que o consumo de alimentos específicos pode acarretar no desenvolvimento de doenças do coração, como, por exemplo, as frituras, o açúcar, além dos alimentos industrializados, riscos em gordura animal, que favorecem o acúmulo de gordura nas artérias, prejudicando o fluxo sanguíneo. “O consumo de sal também precisa ser controlado para não elevar a pressão arterial, que prejudica as artérias e a função renal, aumentando consideravelmente as chances de infarto e derrame”, esclarece.