O Dia Mundial da Pneumonia (12 de novembro) foi proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2009, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a doença, que, se não tratada adequadamente, pode levar à morte.
Por isto, nesta data, a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina e o Hospital Dom Malan, esclarecem os principais pontos que a população precisa saber sobre a patologia.
“Primeiro é preciso entender que a pneumonia é uma infecção de vias aéreas inferiores e na maioria das vezes é causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo), que se instala nos pulmões quando há situações de baixa imunidade”, explica a pneumologista da UPAE, Morgana Carolina.
A doença
O pneumococo faz parte da flora bacteriana usual das nossas vias aéreas superiores. Porém, esses microrganismos acabam invadindo os pulmões e levando à pneumonia quando há fatores que causam diminuição da imunidade, como uma gripe forte, por exemplo. A doença também pode ser causada por vírus ou fungos. Neste último caso, mais raro e específico em pessoas com imunossupressão ou ligado às condições do ambiente.
“A infecção por H1N1, H2N3 (Influenza) ou SARS-CoV-2 (COVID-19) também podem favorecer infecções respiratórias bacterianas secundárias. Portanto, vacinar-se contra a Influenza, a COVID-19 e o pneumococo, quando indicada pelo médico, é essencial para a prevenção da pneumonia”, reforça a diretora de atenção à saúde do HDM, Tatiana Cerqueira.
Sintomas
Os sintomas mais comuns da pneumonia são tosse, febre e dor torácica. Nos casos mais severos, pode haver falta de ar. A tosse da pneumonia bacteriana costuma ter expectoração, catarro espesso. Enquanto a pneumonia viral (H1N1, H2N3, SARS-CoV-2) causa tosse mais seca. A febre costuma ser mais baixa no caso das pneumonias virais. Nos idosos, pode haver pneumonia sem febre.
Diagnóstico
O diagnóstico da pneumonia é essencialmente clínico. O médico vai conversar com o paciente (anamnese), e fazer um exame físico para verificar alterações na ausculta pulmonar.
Os exames laboratoriais podem ser necessários em casos atípicos, casos graves, para pacientes que não respondam ao tratamento inicial ou que estejam internados em UTI e em caso de mais de uma infecção associada, como COVID-19 ou Influenza.
Tratamento
“Se confirmada a infecção, inicia-se o tratamento com antibióticos, conforme o patógeno mais provável no local de aquisição da doença, a presença de fatores de risco individuais e doenças associadas, relação custo-eficácia e fatores epidemiológicos, como viagens recentes e alergias, de acordo com as Recomendações de Manejo da Pneumonia Adquirida na Comunidade”, reforça Dra. Morgana.
Atenção
É importante ficar atento aos sintomas e procurar atendimento médico. De acordo com o Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde, foram registradas 25.917 internações e 3.596 óbitos por pneumonia no Brasil somente em agosto de 2021.