A presidente Dilma Rousseff assegurou nesta quinta-feira 6 que o governo fará o “dever de casa” no combate à inflação. “Vamos ter de apertar o controle da inflação”, disse em entrevista no Palácio do Planalto a oito jornalistas de jornais impressos. Apesar disso, a presidente adiantou que não pretende mexer no centro da meta da inflação do governo, que é de 4,5%, nem nos intervalos de tolerância – 2 pontos para cima ou para baixo.
Dilma sinalizou que o controle da inflação não virá apenas da alta dos juros, mas também do corte de gastos. “Sempre haverá gastos para cortar”, ressaltou. Ela negou que o fato de reconhecer a necessidade de ajuste para a retomada do crescimento configure estelionato eleitoral, como acusa a oposição. Neste momento, ela chamou de “ideia maluca de choque de gestão” a bandeira do PSDB para enxugar a máquina pública.
Dilma prometeu “não desempregar” ao colocar em prática o plano para que o Brasil cresça mais e disse que não há “receita prontinha” para que o PIB avance. Ela voltou a dizer que só anunciará o nome de seu próximo ministro da Fazenda após a cúpula do G20, que acontece na Austrália nos dias 15 e 16 de novembro. Ela adiantou, no entanto, que não fez convite algum até o momento.
“Não represento o PT”
Segundo relato da Folha de S. Paulo, Dilma disse não representar o PT quando questionada se apoiava a resolução do partido com críticas ao senador Aécio Neves e a defesa do projeto de regulação da mídia. “Eu não represento o PT. Eu represento a Presidência. A opinião do PT é a opinião do partido, não me influencia. Eu represento o país, não sou presidente do PT, sou presidente dos brasileiros”, declarou a presidente.
Ela também classificou como “muito ruim” a chamada PEC da Bengala, que propõe a ampliação de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória de magistrados de cortes superiores. Quando questionada sobre o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pode concorrer à presidência da Câmara, opinou: “nós estamos convivendo há muito tempo com ele”. (247)
Blog do Banana