Dilma oficializa troca na Agricultura, no Trabalho e na Aviação Civil

Por Ricardo Banana
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imagem1A presidente Dilma Rousseff oficializou nesta sexta-feira trocas em três ministérios: Moreira Franco (PMDB-RJ) irá para a Aviação Civil, Antônio Andrade (PMDB-MG) para Agricultura e Manoel Dias (PDT) para o Trabalho. As mudanças fazem parte da reforma ministerial da presidente.

O anúncio oficial será feito na tarde desta sexta, com agradecimento aos antecessores.

Devido à viagem de Dilma a Roma, para participar da missa que vai inaugurar o pontificado do papa Francisco, na terça-feira (12), as posses ocorrerão neste sábado (16), no Palácio do Planalto.

A Secretaria de Assuntos Estratégicos, a cargo de Moreira, não será ocupada pelo PMDB: ficará com o interino da pasta. Anteriormente, a expectativa era que Mendes Ribeiro (PMDB-RS), desalojado da Agricultura, poderia assumir o cargo.

A troca de Mendes Ribeiro por Andrade faz parte de um acordo pelo apoio do PMDB mineiro à candidatura do petista Patrus Ananias para a Prefeitura de Belo Horizonte, na eleição de 2012.

Já no Trabalho, pasta controlada pelo PDT, Manoel Dias substituirá Brizola Neto, desafeto de Carlos Lupi, presidente da legenda e demitido por Dilma da mesma pasta após denúncias de irregularidades em 2011.

A troca por um aliado de Lupi visa garantir apoio do partido à presidente na eleição presidencial de 2014. Possível candidato de Dilma em 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), já flerta com os pedetistas.

No caso da Aviação Civil, atualmente ocupada por Wagner Bittencourt, um técnico sem vinculação partidária, a troca acontece para acomodar o PMDB em uma pasta com maior importância na Esplanada. Na opinião de peemedebistas, a Secretaria de Assuntos Estratégicos não tem potencial para que suas ações sejam convertidas em dividendos eleitorais.

Já as possíveis pastas destinadas ao PSD de Gilberto Kassab só deverão ser anunciadas no mês que vem.

PSD

Após meses negociando a entrada do PSD no governo, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab disse ontem que o partido não deve assumir um ministério neste momento. Em jantar com a presidente, ele afirmou que ainda é cedo para se comprometer com o apoio ao governo e à reeleição de Dilma em 2014.

Kassab disse à presidente que continua disposto a apoiá-la, mas decidiu que não fará nenhuma indicação por enquanto. “Não teria sentido integrar o governo agora. Vamos manter nossa independência, mas apoiando o governo em tudo que for bom para o país”, afirmou.

Ao recusar-se a indicar nomes do PSD para um ministério, o ex-prefeito deixou uma porta aberta ao dizer a Dilma que o partido não vai se opor se ela quiser nomear alguém filiado à sigla para algum cargo em “caráter pessoal”.

A ressalva permite que a presidente mantenha em seus planos o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, que é do PSD e está cotado para assumir o recém-criado Ministério da Micro e Pequena Empresa.

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