Dilma Rousseff: o Brasil foi de autoridade ambiental a vilão em pouquíssimo tempo

Por Ricardo Banana
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Em entrevista à TV 247, ex-presidente que obteve os melhores resultados ambientais na história do País lamenta o estrago produzido por Jair Bolsonaro

A ex-presidente Dilma Rousseff, que obteve os melhores resultados ambientais da história do Brasil, com reduções expressivas nos índices de desmatamento, lamentou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o estrago produzido por Jair Bolsonaro. “O Brasil era autoridade legítima na questão ambiental e todos os países do mundo reconheciam isso”, diz ela. “Passamos à condição de vilão em pouquíssimo tempo”.

A entrevista sobre meio ambiente foi a sexta da série de depoimentos que vêm sendo concedidos à TV 247 sobre seu governo, que foi derrubado por um golpe de estado que trouxe de volta a fome, a miséria e a destruição ambiental ao Brasil. Na entrevista, Dilma falou sobre como foi construído o Código Florestal, sem ceder a exigências do setor mais atrasado do agronegócio. “Não aceitávamos a anistia a desmatadores”, relembra.

Ela também falou sobre o avanço da exploração mineral em terras indígenas. “O licenciamento era regra no Brasil. Agora é exceção”, diz Dilma. “O objetivo é liberar geral na questão minerária e o que eles pretendem é internacionalizar a exploração da Amazônia. Há interesses escusos nessa discussão”, pontua.

Dilma também falou sobre as liberações de agrotóxicos que se tornaram rotina no Brasil depois do golpe de estado de 2016. “A política pós-golpe consiste na apropriação privada do meio ambiente e a liberação de venenos faz parte da busca de lucros de curto prazo por parte de um setor do agronegócio”, afirma. Dilma, no entanto, diz que o ex-presidente Lula poderá liderar a agenda ambiental global num eventual terceiro mandato, porque o Brasil tem resultados comprovados nos governos democráticos.

(Brasil 247).

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