O ex-ministro José Dirceu, preso na Papuda em cumprimento à pena da AP 470, do chamado mensalão, tem pressionado o ex-presidente Lula a sair em defesa dos petistas condenados.
Descontente com a distância do ex-presidente do caso, ele mandou o recado por companheiros do PT que o visitaram na cadeia. Dirceu afirma que Lula errou desde o estouro do escândalo, em 2005. Segundo ele, ao não politizar a denúncia da compra de votos no Congresso, Lula abriu caminho para a “criminalização” do PT.
O ex-presidente do PT José Genoino, também condenado, diz que os réus perderam “a batalha da comunicação”.
Três dias depois, o ex-presidente Lula teria telefonado para José Dirceu para solidarizar-se pela prisão do ex-auxiliar, que foi seu ministro da Casa Civil no primeiro mandato. “Estamos juntos”, teria dito o presidente, segundo o jornal Estado de S. Paulo.
Segundo o jornal, Lula teria explicado a estratégia do Planalto para “não prolongar o desgaste”. Ela se basearia numa espécie de lei do silêncio sobre os desdobramentos do chamado “mensalão” e a condenação e prisão dos ex-dirigentes petistas. “Nós temos um acordo de não falar sobre esse assunto”, admitiu neste feriado o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
Com a polêmica sobre Joaquim Barbosa, presidente do STF, pela condução das prisões, o PT agora acredita que pode denunciar abusos. Dirigentes petistas decidiram promover um desagravo a Dirceu, ao ex-presidente do PT José Genoino e ao ex-tesoureiro Delúbio Soares na abertura do 5.º Congresso da sigla, de 12 a 14 de dezembro, em Brasília. (Brasil247)
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