Mais de uma década após o desaparecimento da última ararinha azul da caatinga, um projeto iniciado no ano passado em Curaçá desenvolve ações com a finalidade de preparar a região para uma futura reintrodução da espécie na natureza.
Para Vanessa Leal, bióloga da Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil), que está trabalhando em Curaçá desde agosto, o Ararinha na Natureza busca novas estratégias de preservação da caatinga, bioma extremamente rico, com mobilização social. O projeto anterior, realizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), foi encerrado depois do desaparecimento de um macho da espécie que vivia na região de Curaçá.
A bióloga contou, ainda, que o foco principal da proposta é a caatinga, já que o bioma é a casa da ararinha. Contudo, as ações acabarão contemplando as outras espécies que vivem nesse mesmo hábitat. Vanessa esclareceu que só existem 80 aves da espécie no mundo, todas criadas em cativeiros. Apenas cinco desses indivíduos estão no Brasil. Vieram de outros países para dois criatórios localizados na cidade de São Paulo.
O Projeto hoje funciona com duas frentes. Uma frente é tocada por biólogos de campo que ficam em Curaçá e trabalham na mobilização social. A segunda centra-se na conservação da caatinga, por meio de estudos sobre a criação de unidades de conservação como parques e reservas particulares. Informações sobre podem ser encontradas no site savebrasil.org.br e na página do projeto no Facebook www.facebook.com/ararinhananatureza.
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