Diabetes, hipertensão, insuficiência cardíaca, obesidade, Alzheimer, Parkinson e câncer são exemplos de doenças crônicas que causam a morte de cerca de 41 milhões de brasileiros todos os anos, segundo dados recentes do Ministério da Saúde.
Segundo o estudo, as doenças cardíacas lideram as causas de morte, responsáveis por 28% dos óbitos, seguidas pelo câncer, que responde por 18%. A pesquisa destaca que hábitos como tabagismo, má alimentação, consumo de álcool e falta de atividade física estão entre os principais fatores de risco para essas condições.
A professora e enfermeira do Instituto de Educação Médica – IDOMED, Flávia Monari, reforça essa informação: “As doenças crônicas podem ser desencadeadas tanto por fatores genéticos quanto por questões ligadas ao estilo de vida, como o sedentarismo e a má alimentação. Embora a predisposição genética aumente as chances de desenvolver essas doenças, a adoção de hábitos saudáveis é fundamental para evitá-las ou controlá-las.
REDE DE APOIO
Essas condições fazem o paciente precisar de cuidados contínuos e uma rede de apoio forte, como a família, acaba exercendo um papel crucial no suporte físico e psicológico. “A mudança de hábitos não é uma escolha individual. A família entra como suporte, como uma força motriz dessas mudanças”, destaca Flávia Monari.
Um dos grandes desafios no tratamento de doenças crônicas é manter o paciente motivado a seguir o tratamento e as recomendações médicas ao longo do tempo. “O diagnóstico envolve um cuidado integral, uma mudança de vida que o paciente não consegue fazer sozinho,” explica Monari. Por isso, o envolvimento da família é essencial, não apenas no apoio emocional, mas também na adoção de uma nova rotina que inclua todos os membros, desde a alimentação até a prática de atividades físicas.
Além de dar suporte ao paciente, a família também atua como aliada da equipe médica, ajudando a garantir que o tratamento seja seguido corretamente. “A família vira esse estímulo, esse parceiro no cuidado, e também ajuda a equipe de saúde que está acompanhando esse paciente,” finaliza Monari.
Com o avanço das doenças crônicas, o envolvimento familiar se torna uma estratégia essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, ajudando-os a enfrentar os
desafios diários impostos por essas condições. “Assim, além dos cuidados médicos, o apoio familiar é fundamental para garantir que o tratamento seja eficaz e sustentável”, explica a professora do IDOMED.