Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que dois em cada três brasileiros (66%) têm medo de conviver diariamente com pessoas que não tomaram nenhuma das doses da vacina contra a Covid-19.
Para 65% dos entrevistados, os estabelecimentos comerciais e outros lugares deveriam exigir o comprovante de vacinação como condição para os clientes entrarem nos mesmos. Apenas 22% são contra essa prática. Os dados mostram, no entanto, que essa exigência ainda não está disseminada. Só 18% das pessoas tiveram de comprovar a vacinação em algum dos lugares que frequentou nos últimos três meses.
“O crescimento econômico, a geração de emprego e renda serão mais intensos na medida em que conseguirmos acabar com a pandemia. A vacinação em massa foi determinante para contermos a disseminação do vírus. Nesse sentido, a CNI apoia todas as medidas que ajudam no combate à Covid-19”, comentou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Ele reforça que quanto mais a população e o setor produtivo sentirem-se seguros, melhor o ambiente de negócios para a retomada da economia.
As pessoas que não receberam nenhuma dose de vacina são aquelas que têm menos medo de frequentar lugares públicos. Enquanto 65% dos brasileiros totalmente imunizados têm algum temor de ir a shows e eventos, o percentual cai para 39% entre aqueles que não tomaram nenhuma dose do imunizante. No geral, essa é a atividade que mais desperta algum tipo de temor entre os entrevistados, considerando imunizados ou não. Sessenta e um por cento deles afirmam que têm medo muito grande (16%), grande (22%) ou médio (23%) de ir a shows ou eventos. O trabalho presencial é a atividade que menos assusta os entrevistados: 23% afirmam que têm medo muito grande (8%) ou grande (15%) e 27% dizem que o medo é médio.
O mesmo comportamento é observado em relação ao uso das máscaras atualmente. Enquanto 59% dos brasileiros totalmente imunizados usam máscaras em locais abertos e fechados, o percentual cai para 29% entre aqueles que não tomaram nenhuma dose da vacina. A pesquisa da CNI entrevistou 2.016 brasileiros com idade a partir de 16 anos, nas 27 unidades da federação entre os dias 18 e 23 de novembro. A margem de erro no total da amostra é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
(Portal R7).