Economia

Dólar opera em forte alta, acima de R$ 3,80, com política local

imagemApós abrir em baixa, o dólar passou a operar em forte alta nesta terça-feira (8), após o vice-presidente Michel Temer enviar à presidente Dilma Rousseff carta apontando o que chamou de desconfiança do governo em relação a ele e ao PMDB. O Banco Central fará leilão nesta tarde, voltando a reforçar sua intervenção no mercado.

Às 11h30, a moeda norte-americana subia 1,42%, a R$ 3,8125 para venda. Veja a cotação do dólar hoje.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h09, caía 0,15%, a R$ 3,7523.

Às 9h39, caía 0,24%, a R$ 3,7497.

Às 10h09, caía 0,12%, a R$ 3,7542.

Às 10h30, subia 0,27%, a R$ 3,7692.

Às 10h49, subia 0,85%, a R$ 3,7912.

Às 11h10, subia 1,01%, a R$ 3,7969.

Embora Temer não tenha proposto explicitamente o rompimento com Dilma, operadores entendem que não há outra alternativa após a divulgação da carta. Eles acreditam que a notícia dá força ao lado que defende o impeachment contra a presidente, perspectiva que tem sido, de maneira geral, bem recebida pelo mercado.

“Conforme vai se distanciando o PMDB do governo, vai ficando mais forte a hipótese do impeachment”, disse o operador de câmbio da corretora B&T Marcos Trabbold.

Temer destacou na carta à presidente “fatos reveladores da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB”, segundo a Vice-Presidência da República.

A notícia vem no momento em que tramita no Congresso Nacional o processo de abertura de impeachent contra Dilma. Foi adiada para esta sessão a eleição da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o tema, contrariando o governo, que quer que a matéria seja votada o mais rápido possível.

Muitos operadores acreditam que eventual mudança no governo poderia facilitar a recuperação da economia brasileira. Alguns ressaltam, porém, que o processo pode paralisar o ajuste fiscal e provocar rebaixamentos da nota soberana do país.

“A reação (à perspectiva de impeachment contra Dilma) agora é positiva, mas é preciso esperar esse processo todo se desenhar para entender como o mercado vai ser afetado”, acrescentou Trabbold, ressaltando que a tendência é que o mercado siga volátil.

Nos mercados externos, a divisa norte-americana fortalecia contra as principais moedas emergentes, após as exportações da China caírem mais que o esperado em novembro, levando investidores a evitar ativos de maior risco.

Na véspera, o dólar subiu 0,53%, a R$ 3,7589.

Intervenção do BC

Outro fator que trazia alívio para o câmbio nesta sessão era a atuação do Banco Central, que voltou a anunciar para esta tarde leilão de venda de até US$ 500 milhões com compromisso de recompra. A operação, segundo a assessoria de imprensa do BC, não tem como objetivo rolar contratos já existentes.

Além disso, a autoridade monetária dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem à venda futura de dólares. (G1)

Blog do Banana

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