Doses moderadas de vinho reduzem risco de doenças cardiovasculares, diz novo estudo

Por Ricardo Banana
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Evidências recentes afirmam que não há quantidade de álcool segura para a saúde, contradizendo décadas de estudos que apontaram benefícios do consumo moderado de algumas bebidas, em especial o vinho. Entretanto, o artigo mais recente sobre o assunto indica que beber uma quantidade pequena ou moderada de vinho pode sim reduzir o risco de doenças cardiovasculares.

Publicado recentemente na revista científica European Heart Journal, da Sociedade Europeia de Cardiologia, o trabalho afirma que o consumo moderado de de vinho – definido como uma taça por dia – reduziu em 50% o risco de doenças cardiovasculares graves em pessoas de alto risco que seguem uma dieta mediterrânea. No entanto, este efeito protetor desaparece em pessoas que bebem mais de uma taça por dia.

A nova pesquisa, feita por um grupo da Universidade de Barcelona e Hospital Clínica Barcelona, ambos na Espanha, faz parte de um estudo maior que investiga o efeito de uma dieta mediterrânea (rica em azeite, vegetais, frutas, nozes e peixe, e pobre em alimentos e bebidas doces ou processados) em pessoas com maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Todos os participantes não tinham nenhuma doença cardiovascular no início do estudo, mas tinham diabetes tipo 2 ou uma combinação de fatores de risco para doenças cardiovasculares, como tabagismo, pressão alta, colesterol alto, excesso de peso e/ou uma história familiar de doença cardiovascular.

“Este estudo examina a importância do consumo moderado de vinho dentro de um padrão alimentar saudável, como a dieta mediterrânea. Até agora, acreditávamos que 20% dos efeitos da dieta mediterrânea poderiam ser atribuídos ao consumo moderado de vinho; estes resultados, o efeito pode ser ainda maior. Os participantes do nosso estudo eram pessoas idosas com alto risco de doenças cardiovasculares que viviam num país mediterrâneo, pelo que os resultados podem não se aplicar a outras populações”, diz o líder da pesquisa, Ramon Estruch, professor da Universidade de Barcelona e do Hospital Clínica Barcelona, em comunicado.

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