Em nota encaminhada ao Blog, o comunitário Edvanilson Amorim respondeu declarações de Lucinha Mota, mãe de Beatriz Angélica, de 7 anos, assassinada friamente com mais de 40 facadas nas dependências do Colégio Maria Auxiliadora, em dezembro de 2015.
As declarações de Lucinha, citando Edvanilson, foram feitas em uma live no seu canal do instagram. Ela cita o nome do ex-funcionário que na época do crime, trabalhava no Colégio Maria Auxiliadora e, na época do crime, foi ouvido como todos que prestavam serviços na unidade educacional vincula à rede particular de ensino em Petrolina.
Os depoimentos fazem parte do processo que apura quem matou Beatriz. Edvanilson batizou a nota de esclarecimento, de ‘Pronunciamento Caso Beatriz, e .
Acompanhe:
PRONUNCIAMENTO CASO BEATRIZ
Na noite desta quinta feira (6 de Agosto), fui surpreendido por ter minha imagem e
nome divulgados em live, pela Sra. Lucinha Mota, razões pela qual resolvi me
pronunciar acerca das graves acusações proferidas.
Eu, Edvanilson Amorim, nasci e me criei nesta cidade, constituí família e sou
genitor de dois adolescentes, ressalto que não possuo antecedentes criminais e
venho prestando serviços comunitários a cidade de Petrolina por mais de 35 anos,
sempre me empenhei em ajudar o próximo, a reivindicar por melhorias nas
comunidades, como é de conhecimento público.
Fui contratado pela empresa terceirizada GMS em 6 de Agosto de 2015, para
prestar serviços de segurança ao colégio Nossa Senhora Auxiliadora, devido ao fato
de jovens estarem adentrando a instituição de ensino em período noturno para
cometer atos de vandalismo, em novembro foram identificados como ex alunos,
sendo detidos na quadra do colégio por atearem fogo em diversas salas, inclusive
na sala que foi o local do crime no caso Beatriz.
Em 10 de Dezembro de 2015, não foi repassado para empresa GMS quaisquer
informações sobre a realização de uma festa de formatura naquela noite, fui
notificado pelo porteiro da instituição o Sr. Fabio, no ato do meu plantão que a
confraternização estava sendo realizada naquele momento, por volta das 19 horas
em percurso próximo a primeira quadra encontrei a Irmã Fátima acompanhada com
outras duas pessoas funcionárias, perguntei se era para acender as lâmpadas,
porém ela disse que não era preciso.
No momento em que me encontrava sentado próximo a gruta, fui abordado pela
Sra. Lucinha Mota, perguntando se teria visto uma criança com uma blusa branca
igual a dela, respondi que não e de imediato peguei o meu celular e liguei para o
porteiro, no qual perguntei se uma criança com tais características teria passado por
lá, informou que não teria visto.
Ressalto, que em nenhum momento estava suando e gelado como foi afirmado por
Lucinha Mota, até porque para ser realizada tal afirmação necessitava de um
contato físico, fato que não ocorreu.
A senhora Luzineide, funcionária da instituição de ensino, faltou com a verdade ao
afirmar ter me visto na mangueira, as filmagens das câmeras que foram acolhidas
pela polícia civil mostram que eu não estava naquele horário e local.
Quando as demais pessoas iniciaram as buscas pela menina Beatriz, comecei
acender as lâmpadas das áreas que estavam escuras, no intuito de facilitar nas
buscas, ocorre que faltando apenas uma última lâmpada para ser acesa, notei que
o sr Adailton acendeu uma lâmpada próximo a sala de balé e em seguida foi para
mangueira, instante em que ouvi alguns gritos dizendo que tinham encontrado a
criança, me dirigi até essas pessoas e fui informado do que teria acontecido.
No que diz respeito as chaves, é de extrema importância destacar que em nenhum
momento recebi chaves do sr. Adailton, funcionário da escola, sendo
exclusivamente o porteiro Sr. Fábio o responsável para fazer o repasse das chaves
em meus plantões, sendo devolvidas para o mesmo no final de cada um, ocorre que
na noite da formatura não me repassaram nenhuma chaves, destaco que após o
acontecimento da barbárie os funcionários começaram a procurar as chaves do
portão grande para entrada do IML, logo em seguida o Sr. Erildo me entregou um
molho de chaves, afirmando que o Sr. Adailton mandou me entregar para que assim
eu pudesse abrir o portão grande.
Sempre me dispus a polícia para esclarecimento dos fatos, nunca troquei de
numero e nem de residencia, fiz exames periciais, foram analisados o meu dna,
minhas impressões digitais, farda que utilizava naquela noite e o telefone celular foi
analisado por mais de 15 dias.
Me solidarizo com o sofrimento de Lucinha Mota, desejo justiça da mesma maneira
que ela, porém peço que parem de expor minha imagem e o local onde resido,
tendo em vista que foi um crime de clamor social, estejam convictos que ver esse
caso solucionado tornou-se um dos meus maiores sonhos, tenho esperanças e
muita fé em Deus, por isso creio que tudo será desvendado e que viveremos em
paz, pois a justiça será feita, estou a disposição de todos.
Edvanilson Amorim.