Em 2026 poderemos ter um clássico maior do que o das multidões

Por Ricardo Banana
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João Campos venceu Raquel Lyra de goleada no Recife.

A governadora concentrou suas energias em Caruaru e ajudou Rodrigo Pinheiro a se reeleger sem necessidade do segundo turno em Caruaru.

No cômputo geral, governo e oposição elegeram um número equivalente de prefeitos no primeiro turno.

Se Raquel tiver conquistado alguns municípios a mais, em compensação o eleitorado do Recife é maior do que o de muitas do interior somadas.

Neste segundo turno a governadora e o prefeito da capital dão toda a carga em Olinda e Paulista, cidades da Região Metropolitana do Recife.

Pelas pesquisas, Ramos, candidato do PSDB, vai vencer em Paulista.

Em Olinda a disputa é mais acirrada, não dá ainda para garantir se o prefeito ou prefeita vai ser Vinícius ou Mirella.

Se o petista vencer em Olinda, o jogo continuará mais ou menos equilibrado, se bem que a Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade é uma vitrine maior.

Caso os candidatos de Raquel vençam nas duas cidades, ela sairá fortalecida, fazendo um contraponto importante à vitória acachapante de João no Recife.

O fato é que 2026 já começou. Raquel Lyra pensando em se reeleger. João Campos querendo seguir os passos do pai e do bisavô.

Os dois políticos têm tradição.

A governadora teve o pai prefeito de Caruaru, vice-governador e governador. O tio Fernando Lyra exerceu sete mandatos de deputado federal.

Antes de chegar ao governo, beneficiada pela comoção causada pela morte do marido, a tucana foi deputada estadual, secretária de Eduardo Campos e se elegeu prefeita de Caruaru duas vezes.

João Campos é filho de Eduardo, bisneto de Miguel Arraes.

Se elegeu deputado federal bem jovem e com 26 anos chegou à prefeitura do Recife. Foi reeleito no último dia 6 com uma votação estrondosa, quase 80% dos eleitores digitaram o 40 nas urnas.

Caso os dois disputem a eleição do governo em 2026, vai ser um clássico.

Será uma campanha com mais emoções que Santa Cruz e Sport, que a crônica esportiva chama de “clássico das multidões”.

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