Tido pela polícia como o mandante do assassinato do promotor Thiago Faria, ocorrido em Itaíba, Agreste de Pernambuco, no dia 14 de outubro, o fazendeiro José Maria Rosendo, conhecido como José Maria de Mané Pedo, resolveu quebrar o silêncio. Em entrevista gravada com o auxílio de amigos e divulgada na manhã desta segunda-feira (28), na Rede Globo, o suspeito alegou inocência, disse que não tinha inimizades nem motivos para mandar matar o promotor, defendeu o cunhado, Edmacy Ubirajara, que foi apontado pela polícia como o executor do crime e está preso, e sugeriu que a polícia deveria investigar pessoas próximas a Thiago e que podem ter se desentendido com ele no exercício da profissão de promotor.
“Não matei Thiago. Nunca tive problemas com esse promotor. Não sei de onde a polícia tirou essa história. Na hora do crime, eu estava em Águas Belas. Toda segunda-feira (o homicídio ocorreu por volta das 9h de uma segunda) fico em um local vizinho ao posto Santa Rosa, em Águas Belas, para fazer o pagamento dos meus trabalhadores, sempre das 8h ao meio-dia. Tenho mais de dez testemunhas que podem comprovar isso”, afirmou José Maria de Mané Pedo.
Desde o dia do crime o fazendeiro é considerado pela polícia como foragido. Ele gravou a entrevista no local onde está escondido. “Disseram que eu estava em um carro que aparece em umas imagens atrás do carro do promotor. Desconheço essas imagens. No dia do crime, não tive contato com Edmacy. Sei que Mysheva Martins (noiva de Thiago Faria) reconheceu Edmacy como o homem que atirou no promotor, mas isso não tem fundamento. Tanto que ele (Edmacy) está provando que é inocente”, disse José Maria, se referindo às imagens que a família de Edmacy diz ter alegando que ele não pode ter matado o promotor.
José Maria também negou ter inimizades com a família de Mysheva. “Os Martins são meus amigos”. E alegou que vai provar sua inocência. “Fugi para não ser preso e conseguir provar minha inocência. Não mandei matar ninguém. Se eu não fugisse, seria preso e ficaria mais difícil de provar que não fui eu. Acho que a polícia deveria investigar o povo que convivia com o promotor. Escutei comentários de que ele teve problemas em Itaíba”, finalizou, sem dizer quais seriam esses problemas. (Diario Popular)
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