Agricultura

Em Petrolina, STR não consegue se entender com a patronal e trabalhadores ameaçam greve

Começam as negociações para o reajuste salarial dos trabalhadores rurais do Vale do São Francisco. Em discussão, a classe defende um salário base de R$ 715, cesta básica R$ 20, um contrato por tempo indeterminado com liberação do seguro desemprego e o pagamento da hora ‘in intinere’ na 19ª Campanha Salarial Unificada da Hortifruticultura. As renegociações começam nesta quarta-feira (30).

Mas de acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolina, José Tenório, a primeira rodada de negociação, que aconteceu na semana passado em três dias, não surtiu efeito positivo já que a classe patronal está contestando a pauta proposta pelo sindicato e com isso está travando a discussão, já que eles querem fechar um acordo no valor de R$ 695. “O bloco econômico é o mais difícil de resolver porque mexe com o bolso dos empresários que alegam baixas na comercialização dos produtos”.

O sindicalista disse que o grande entrave é o contrato de safra. A classe quer mudança no contrato. “Esse contrato de safra traz um prejuízo muito grande para a classe trabalhadora que trabalha seis, oito meses e não tem direito ao seguro desemprego, não tem direito a multa de 40%, a aviso prévio, sai totalmente descoberto, com direito apenas a 13º salário proporcional”, explica Tenório que o STR está reivindicando o cumprimento de normas propostas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Ao cotestar a reclamação da classe patronal de um ano comercial ruim, Tenório disse que no Vale o ano de 2012 foi rendoso. “Foi uma ano que não teve chuvas para destruir a produção e não vejo problema da classe patronal atender parte da reivindicação da classe trabalhadora”.

A intenção do STR é esgotar todas as possibilidades de negociações com a classe patronal, caso isso não ocorra há intenção de que seja realizada uma paralisação. “O sindicato quer negociar, não quer cruzar os braços, mas se os empresários não abrirem mão à arma do trabalhador é suspender as atividades”, conclui Tenório. (GrandeRioFM)

Blog do Banana

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