Empreendedorismo feminino está cada vez mais forte

Por Ricardo Banana
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Mulheres mostram determinação em meio aos desafios de empreender 
Seja na área de alimentação, artesanato, vestuário, estética, tecnologia, mantendo o negócio de forma presencial e/ou como e-commerce, as mulheres têm se destacado cada vez mais na área do empreendedorismo. São séculos lutando para conquistar um espaço que, durante muito tempo, foi ocupado e dominado pelo sexo masculino.
O Brasil, atualmente, assume uma posição importante no ranking mundial de empreendedorismo feminino, ocupando o sétimo lugar desta lista, de acordo com pesquisas do Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM). Isso porque a classe feminina representa 57% dos negócios no país. E os motivos que as inspiram a empreender envolvem fatores como adaptações a rotinas, a vontade de se destacar e de fazer a diferença na sociedade em que vivem e, ainda, a necessidade da autorrealização.
Num mundo cada vez mais acelerado, as mulheres têm buscado, constantemente, a própria independência e estabilidade financeira, além do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Ainda, o desejo de sair de um cenário trabalhista pouco justo no Brasil, no qual as mulheres ganham, em média, 20% a menos do que os homens, também pode ser considerado outro fator que desperta na classe o interesse em empreender, de acordo com o IDados, com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A coordenadora do curso de Gestão em Recursos Humanos da UNINASSAU Petrolina, Gabriella Moura, explica que o empreendedorismo tem aberto muitas oportunidades à classe feminina. “Esse segmento tem concedido à mulher cada vez mais possibilidade de escolher em que área ela deseja atuar. E acredito que um dos motivos para esse avanço é a democratização do acesso a cursos de graduação, profissionalizantes, técnicos e de capacitação, presenciais ou virtuais, ofertados de forma gratuita ou com valores mais acessíveis à população”, destaca.
Geina Libório, aluna do curso de Gestão Comercial da UNINASSAU, realizou, há 5 anos, o sonho de empreender, mas reconhece que a classe enfrenta obstáculos para manter o comércio. “Geralmente, a mulher precisa conciliar a administração de sua empresa com inúmeras atividades pessoais – como ser mãe, esposa, dona de casa e/ou chefe de família – e profissionais – como uma dupla jornada de trabalho -, além de lidar com as inseguranças e o medo do fracasso nos negócios”. Apesar de toda essa dificuldade, a empresária exprime admiração pelo esforço feminino. “Quando uma mulher empreende, ela assume os desafios e se arrisca, com ou sem rede de apoio”, conclui.

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