Participantes podem consultar documento disponibilizado pelo Inep no site; provas estão marcadas para hoje 21 e 28 deste mês.
Falta pouco as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2021 e os participantes devem ficar atentos às orientações para a prevenção da Covid-19 antes da realização do exame, com provas agendadas para os dias 21 e 28 de novembro. Caso tenha testado positivo, veja como proceder antes do exame.
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) reuniu orientações no documento “Orientações Gerais de Prevenção à Covid-19” disponibilizado na internet.
Ainda de acordo com as orientações do Inep, caso apresente sintomas equivalentes à Covid-19 na semana que antecede a aplicação do exame ou na véspera, não compareça ao local de provas e solicite reaplicação na Página do Participante. Nela deverá inserir um atestado médico que comprove a condição de saúde. O documento será analisado pelo Inep para depois ter liberação da reaplicação do exame.
Lembrando que é obrigatório o uso de máscara cobrindo o nariz e a boca desde a entrada até a saída do local de provas, exceto para os participantes com transtorno do espectro autista, deficiência intelectual ou sensorial, conforme previsto na Lei nº 14.019.
O candidato deve levar máscaras reservas para a troca durante a prova ou para qualquer eventualidade.
Orientações
O Inep orienta que os candidatos cheguem com antecedência de uma hora para facilitar a entrada ao local de aplicação do exame. Todos devem respeitar o distanciamento social de 1,5m entre os participantes antes da entrada, na abertura dos portões, bem como nos corredores, nas filas para entrada em sala, no banheiro e em qualquer tipo de contato com a equipe de aplicação fora da sala de provas.
No momento da identificação, antes de entrar na sala de provas, o candidato deve retirar a máscara pelo elástico para que o chefe de sala possa verificar sua fisionomia e a foto do documento de identificação.
A distancia de 1,5m para o chefe de sala e para o próximo participante deve ser mantida. Após a conclusão da identificação, é preciso higienizar as mãos com álcool em gel.
Atenção
– Separe as máscaras para utilização durante toda a aplicação do exame.
– Frasco de álcool líquido ou em gel é permitido. Os itens serão vistoriados visualmente pelo chefe de sala. No local também será disponibilizado álcool em gel para uso dos participantes e equipe de aplicação.
– É permitido o uso de luvas transparentes ou semitransparentes durante a realização das provas. Os itens também serão vistoriados pelos fiscais.
– Garrafa de água para consumo é permitido e não precisa ser em material transparente.
Veja quais são as apostas de tema para a redação do Enem 2021
A redação tem um grande peso na nota final do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). No primeiro dia de prova, marcado para 21 de novembro, o candidato precisa produzir um texto argumentativo de até 30 linhas de acordo com uma frase-tema que geralmente se refere um problema atual da sociedade brasileira. Para ajudar os candidatos a treinar para a prova, o R7 pediu aos professores Fabiula Neubern, coordenadora de redação do Poliedro, Felipe Leal, professor de redação do Curso Anglo, e Thiago Braga, professor e autor do Sistema de Ensino pH, que dessem dicas sobre possíveis temas da redação. Veja quais são as apostas.
Antes, o professor Felipe Leal destaca que mais importante que “adivinhar” o tema da redação é o estudante “ter domínio sobre a estrutura do texto e saber os critérios de correção, também lembrando que o Enem não costuma cobrar temas de polêmicas atuais, e sim de problemas estruturais no Brasil”, explica
Saneamento básico: é uma questão de saúde pública, com consequências e impactos na dignidade humana e direito a moradia, que é garantido pela Constituição. O assunto veio à tona após debate sobre privatização e gerou a seguinte discussão: por um lado, quem defende a privatização do saneamento básico argumenta que aumentariam os investimentos no setor; por outro lado, quem é contra diz que a privatização atenderia a critérios de maior lucro, o que poderia dificultar para pessoas de regiões mais distantes dos grandes centros e mais pobres o acesso ao saneamento. O debate é interessante, e vale pensar que esse é um assunto sem tanta visibilidade porque obras de saneamento não atraem votos, ficam embaixo da terra, mas se trata de um problema muito importante a ser resolvido.
Meio ambiente: esse é um assunto que há tempo não aparece no Enem. Provavelmente não deve cair nenhum tema polêmico em termos políticos, como queimadas ou desmatamento, mas a questão da poluição plástica, um tema que está muito em voga, por exemplo, em filmes sobre as ilhas de plásticos no oceano. Vale uma reflexão sobre a grande quantidade de sacolas e garrafinhas de plástico jogadas ao mar, que demoram para ser decompostas pela natureza e ameaçam muitas espécies de animais marinhos
Abandono escolar e perpetuação das desigualdades no Brasil: o problema da evasão escolar se acentuou durante a pandemia de Covid-19 — estudantes deixaram de frequentar as aulas para trabalhar, por demandas domésticas ou dificuldades de acesso e de conexão. Diferentemente da evasão, que se define pelo ato de sair da escola e não voltar mais, o abandono é caracterizado pelo ato de deixar a escola em determinado ano, mas retornar no ano seguinte. A suspensão das aulas presenciais em decorrência da pandemia do coronavírus provocou o abandono de muitos estudantes. Com o retorno às aulas presenciais, resta certa apreensão da sociedade de que esse abandono não se configure em evasão.
Violência doméstica: o elevado número de casos de agressão gerados no isolamento social foi um tema bastante discutido no ano passado. Então, violência doméstica de forma geral, tanto contra mulheres quanto contra crianças, suscita um debate importante e atual, porque o tema está relacionada à pandemia. Esse problema afetou um grande número de famílias brasileiras. A pesquisa “Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública ao Instituto Datafolha, concluiu, por exemplo, que a vitimização das mulheres dentro de casa aumentou — a cada minuto, oito mulheres foram agredidas no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus.
Mobilidade urbana: existem diversos problemas estruturais relacionados à mobilidade urbana e, por isso, esse é um tema esperado no exame há um bom tempo. Há pesquisas que comprovam o alto índice de estresse do trabalhador e a perda de produtividade gerada pelo tempo gasto no deslocamento para o trabalho. Um tema que pode ser discutido em relação à pandemia e ao home office.
Bullying e o cyberbullying: outra aposta é a discussão sobre bullying e o cyberbullying, que inclusive já são atividades penalizadas pela lei. São assuntos que devem ser analisados sob a perspectiva das consequências emocionais e psicológicas para as crianças e os adolescentes, como a depressão e os transtornos de ansiedade.
Golpes digitais: no último ano, os chamados golpes digitais — roubo de dados, clonagem de telefones celulares e aplicativos, pedidos falsos de ajuda financeira e até divulgação falsa de ações de combate à pandemia — cresceram exponencialmente. Muitas pessoas não sabem como proceder quando isso acontece. O tema ganha importância numa prova de redação que convida o estudante a elaborar uma proposta de intervenção para o problema.
LGPD e proteção de dados: aLei Geral de Proteção de Dados entrou em vigor em setembro de 2020 no Brasil. Por ela ser recente, tanto as companhias quanto os indivíduos estão descobrindo como funciona e é fiscalizada. O projeto foi sancionado em 2018 e obteve mais visibilidade devido aos constantes casos de vazamento de dados — é sabido que algumas empresas compartilham informações pessoais de maneira irregular. A lei representou um passo significativo para a história digital no país. Ao mesmo tempo em que há uma grande preocupação sobre o que é feito com os dados pessoais, os indivíduos se mostram favoráveis a um bom uso de suas informações, desde que percebam valor e segurança por trás disso.
Inclusão digital de pessoas idosas: um problema sério de dificuldade tecnológica e lacuna geracional faz com que os mais velhos não tenham o mesmo grau de acesso ao ambiente virtual e, consequentemente, sejam excluídos dele. Na pandemia, que exigiu uso maior de tecnologia devido ao distanciamento social, o problema ficou mais evidente e engloba tanto a questão de lidar com a solidão da velhice como o acesso a direitos: Previdência, saúde e banco, que utilizam cada vez mais a internet. A Constituição diz que é dever do Estado garantir uma vida digna e todos os direitos das pessoas idosas.
Direitos trabalhistas: uma discussão atual envolve os direitos trabalhistas diante da “uberização” do trabalho. Para driblarem o desemprego, as pessoas buscam alternativas e encontram na informalidade um modo de ganhar dinheiro para sobreviver. No entanto, elas perdem garantias, não recebem por horas extras, podendo trabalhar muito mais do que o previsto em lei e arcando com todos os riscos da atividade profissional.
Educação socioemocional: o novo ensino médio, que começa a ser implantado em todo o país, traz a ideia de que a escola não deve abordar conteúdos só ligados à cognição, o famoso QI, mas também questões relativas à inteligência emocional, como autoconhecimento, relações não violentas com os outros, empatia, conhecimentos das emoções. Pontos que as empresas levam em consideração no momento de contratar um profissional.
A importância e os desafios da oferta de educação financeira nas escolas: em agosto de 2021, o governo federal lançou, por meio do Ministério da Educação, o programa Educação Financeira nas Escolas, que prevê treinamento dos professores para que o assunto esteja presente nas aulas. O tema está previsto na BNCC e é essencial para que os jovens tenham noções básicas da vida financeira antes mesmo da entrar no mercado de trabalho e, também, para que possam auxiliar a família na condução da economia doméstica. Lidar com dinheiro é um debate válido.
Desafios para combater a obesidade infantil no Brasil: recentemente, o governo federal lançou o programa Vamos Prevenir a Obesidade Infantil 1, 2, 3 e Já! O lançamento integra a prevenção de doenças decorrentes da obesidade que atingem muitas crianças. Esse importante tema pode ser abordado de maneira que leve à reflexão sobre a prática de educação física nas escolas e, também, sobre a cultura alimentar de adultos e crianças no país, pois estão interligados.
(R7).
