Ricardo Banana

Equipe de psicologia promove roda de conversa sobre saúde mental e cria grupo de apoio para profissionais do HDM

A equipe de psicologia do Hospital Dom Malan promoveu, na última semana (24), uma roda de conversa sobre saúde mental com os médicos e enfermeiros residentes, estudantes e pacientes do Alto Risco. A ação faz parte do calendário alusivo ao Setembro Amarelo (campanha de prevenção ao suicídio).

“Começamos as atividades educativas no início do mês com entregas dos kits da campanha, decoração na cor do tema, palestras e encerramos com esse momento de troca. Vejo o saldo como positivo e acredito que conseguimos atingir o nosso objetivo”, ressalta a psicóloga Priscilla Lima.

De acordo com a profissional, cada categoria traz uma demanda diferente. Mas, de uma forma geral, todos os grupos têm necessitado de uma atenção maior. “Agir salva vidas. Então, o que nós não podemos é faltar com o acolhimento”, garante.

E para realizar o acolhimento, Priscilla destaca que foi criado um grupo de saúde mental voltado para os médicos e enfermeiros residentes e um outro voltado à saúde emocional dos trabalhadores da saúde em geral. “A pandemia trouxe com ela muitas demandas. Por isso, tivemos que aumentar o suporte, já oferecido normalmente pelo hospital”, justifica.

Vale lembrar que a campanha do Setembro Amarelo é uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM. O dia 10 mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.

São registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

A prevenção ao suicídio deve ser realizada de forma conjunta, com escuta e acolhimento da dor do outro. “Conversar sobre o assunto diminui o estigma, aumenta a familiaridade de todos com sinais e comportamentos de risco e ajuda a construir uma sociedade mais consciente sobre o problema”, finaliza.

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