Escolas particulares de PE e Petrolina voltam às aulas nesta segunda, mas com ensino online

Por Ricardo Banana
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A partir desta segunda-feira, 4 de maio, as escolas da rede privada de Pernambuco voltam às aulas, mas diante da quarentena que perdura desde 15 de março por conta da disseminação do novo coronavírus, as aulas serão remotas, via online, com cada escola montando o seu esquema de aulas.

Segundo o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Pernambuco (Sinepe/PE), professor José Ricardo Diniz, os colégios anteciparam as férias que seriam em junho para abril e a partir deste mês, respaldados em resoluções extraordinárias do Conselho Nacional de Educação, devido à Covid-19, as escolas foram autorizadas a voltarem com as aulas com ensino à distância, de forma remota, por meios digitais.

“Esses meios digitais já estão inseridas na grade das escolas e as escolas estão preparadas. O Conselho Nacional de Educação emitiu um parecer que contempla as escolas pela excepcionalidade da pandemia”, argumentou o presidente do Sinepe.

EDUCAÇÃO INFANTIL

Conforme o professor José Ricardo Diniz, para o ensino infantil, até 5 anos, vão ser consideradas atividades que estejam dentro das 800 horas/aula anual. “Casa escola vai avaliar esse processo e elas estão cobertas pela resolução do Conselho Nacional de Educação. Alguns pais estão questionando, mas serão atividades de cunho pedagógicas”, pontou o dirigente sindical, lembrando que haverá também a montagem de um calendário de reposição de aulas presenciais pós pandemia.

PETROLINA

Na maior cidade do sertão pernambucano, as escolas da rede privada iniciaram a discussão do retorno às aulas de forma virtual. A professora Solange Cavalcanti, gestora da Escola e Hotelzinho Cecília Meireles, localizado no bairro Vila Eduardo, zona leste de Petrolina que tem foco na educação infantil, comentou que a equipe pedagógica da unidade já preparou todo o material das aulas para iniciarem nesta segunda, remotamente.

“Estamos preparando também atividades xerografadas para entregar aos pais bem como nos cadernos de atividades das crianças, fizemos vídeos e informativos com orientações e colocamos nossos telefones à disposição de todos para tirarem as dúvidas. Essas atividades também estão sendo enviadas por e-mail”, detalhou a gestora.

Outra escola a readaptar o ensino, do presencial para o digital motivado pela quarentena do novo coronavírus, foi o Colégio Estelita Martins, no bairro Areia Branca, também zona leste da cidade. A diretora da unidade, professora Lena Santos, disse que todos os cuidados estão sendo tomados, dentro do projeto pedagógico pensado para que alunos, escola e família, se unam neste novo desafio.

“As aulas serão das 8h às 11h40. As professoras irão criar um grupo de whatsapp onde os pais poderão tirar dúvidas sobre aulas, metodologia. Será diferente, mas com o mesmo compromisso e qualidade do ensino, porque iremos vencer juntos essa batalha”, assinalou Lena.

Já no Colégio Objetivo, localizado no Centro de Petrolina, o desafio das aulas virtuais, já vinha sendo pensado pela parte pedagógica e a preparação é para durar, a priori, até 31 de maio. Segundo o professor Humberto Vítor Xavier, a tradicional escola da rede particular da região, dispõe de uma plataforma própria: o Plural-Maestro, onde se ministra as aulas e se verifica a aprendizagem por meios digitais.

“Nessa plataforma se dá toda a interação entre professor e estudantes.Também possuímos um sistema,o Education Onde, onde é disponibilizado as atividades e notas dos estudantes, tanto o estudante como os pais”, ressaltou o diretor. O Colégio Objetivo atende o ensino fundamento e médio.

DESCONTOS

O Sinepe/PE orientou aos donos de escolas a discutir caso a caso a questão dos descontos nas mensalidades dos meses de quarentena. No dia 27, o Ministério Público de Pernambuco emitiu uma nota técnica orientando as escolas a concederem descontos e encerrarem os contratos da educação infantil no período de isolamento social.

Mas, conforme José Ricardo, a orientação é dar os descontos, analisando a situação de cada família. “Desconto linear, o mesmo valor para todos, é difícil. Acaba sendo injusta porque pode conceder uma redução para quem não precisa em vez de diminuir mais a mensalidade de quem realmente passa por dificuldades”, defende o presidente da entidade, José Ricardo Diniz, reforçando o teor da nota divulgada nessa terça-feira (28).

O dirigente revela que existem 2400 escolas associadas, 400 mil alunos e um segmento que emprega cerca de 50 mil pessoas. “Conceder desconto linear prejudica escolas de bairros e do interior do estado, podendo gerar desemprego e descontrole social”, alertou.

A professora Lena Santos, do Colégio Estelita Martins, em Petrolina, disse que a unidade dará desconto, analisando a situação de cada um dos pais ou responsáveis.

“Vamos sim, analisando cada caso, conceder descontos para que todos saiam ganhando neste momento de crise”, revelou a dirigente escolar. (Por Cinara Marques)

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