A redação dissertativa não é um monstro da língua portuguesa. Ela é a única forma de alguém expressar sua habilidade intelectual, histórica e cultural de forma coerente, coesa, concisa, clara e linguisticamente correta.
Pensar com unidade textual é uma atividade para poucos no Brasil. Digo isso porque assisto a várias entrevistas concedidas por pessoas famosas, independentemente, do
“status” político, econômico e social , e a maioria não consegue dar unidade à fala.Is-
so revela baixa educação científica. A falha está na inexistente dedicação às leituras filosóficas, antropológicas, sociológicas e psicológicas. Não basta apenas ler, há de saber o que se deve ler.
O conteúdo da redação dissertativa está relacionado à cultura geral, ou seja, ao conhecimento de mundo e ao conhecimento escolar.
Desde a época em que o professor Paulo Freire reclamava da forma com que se ensinava a criança, ou seja, copiando o pensamento do professor, que essa situação não muda no seu aspecto genérico. Daí a razão de muitos famosos modernos não conseguirem dar unidade à fala e de milhares de candidatos ao Enem saírem-se mal na prova de redação. Para a prova dissertativa, não basta somente copiar, é necessário também raciocinar.
Outra questão falha para a aprendizagem do raciocínio dissertativo são os livros que abordam esse assunto. Eles trazem muita prolixidade técnica, e isso só atrapalha o aluno.
Quem quiser produzir um bom texto dissertativo, há de aprender a raciocinar com unidade textual. A prova do Enem cobra essa situação.
Viva a língua portuguesa!
Professor Clésio Brasileiro.
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