Espaço do leitor: Carta ALERTA: o poder da imprensa é FATAL.

Por Ricardo Banana
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imagemPrezados amigos jornalistas e leitores, convido-os a refletirem acerca do poder que a imprensa tem de influenciar, consciente ou inconscientemente, uma massa popular. Neste sentido, me coloco inquieto acerca das estatísticas de homicídios em Petrolina e Juazeiro, e me proponho a compartilhar com todos a minha posição referente a publicidade desse tipo de notícia.

Talvez alguns não saibam, mas, é comprovado, através dos estudos do sociólogo David Philips, que a ativação do gatilho mental chamado de princípio da aprovação social pode impulsionar assustadoramente os índices de homicídios numa região onde a publicidade desses casos são intensificadas. Uma pesquisa realizada por Philip em 1974, demonstrou que, logo após um caso de suicídio chega as manchetes de jornais, as taxas de suicídio aumentam substancialmente naquelas áreas onde a história foi mais divulgada. O mesmo princípio vale para casos de homicídios.

Segundo o sociólogo, certas pessoas perturbadas, ao lerem sobre indivíduos que tiram sua própria vida ou a de terceiros, o fazem por imitação. Percebe-se a gravidade da questão quando avaliando as estatísticas de suicídios nos Estados Unidos, entre os anos de 1947 e 1968, Philips descobriu que durante dois meses após cada caso que saia nas primeiras páginas dos jornais, em média 58 pessoas a mais do que o normal se suicidavam. Ainda, essa tendência de suicídios gerarem novos suicídios ocorria sobretudo nas regiões do país onde o primeiro caso havia sido altamente divulgado. Portanto, quanto maior a publicidade do fato mórbido, maior o número de casos posteriores.

Amigos, esses dados são, de fato, estarrecedores. Porém, estatísticas como estas devem dar o que pensar aos editores de jornais inclinados a matérias sensacionalistas sobre homicídios e outros dados mórbidos. É lamentável os índices desses casos em nossa região. Portanto, me coloco em apelo aos jornalistas, como também toda população, que se utilizam de todos os meios de comunicação (televisão, rádios, blogs, redes sociais etc.) que percebam a importância da informação que compartilham, para que não impulsionem os leitores à “imitações fatais”.

Gratidão,

Ranilson Viana,

Artista plástico; Terapeuta Holístico; Estudante de Marketing.

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