Especialistas do HU-Univasf e Rede Ebserh alertam para importância do diagnóstico e tratamento de glaucoma

Por Ricardo Banana
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Cegueira causada pela doença é assintomática e irreversível, mas pode ser controlada a tempo
O 26 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, uma doença que não apresenta sintoma e causa cegueira irreversível, mas que pode ser prevenida por meio de exames e tratada a tempo se for diagnosticada por um especialista. Por isso, é tão importante ter uma data para conscientizar sobre este problema que atinge 900 mil pessoas por ano em todo o Brasil, de acordo com oftalmologistas que atuam nos hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
O médico Francisco Ferraz, do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), explicou que o glaucoma, geralmente, está associado à pressão intraocular elevada, sendo que alguns fatores de risco são: pressão intraocular acima de 21 mmHg, idade a partir de 40 anos, raça negra, parentes de primeiro grau com a doença, diabetes mellitus, hipertensão arterial, obesidade, enxaqueca, uso crônico de corticoides, alta miopia e traumatismos oculares. “Muitas vezes, os pacientes somente se queixam de perda visual numa fase avançada da patologia”, acrescentou.
“A gente tem que se antecipar à doença o mais cedo possível, porque o que a pessoa perder de visão não volta mais, mas é possível frear esse processo de perda”, complementou Tiago Tomaz de Souza, chefe do ambulatório de glaucoma no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC), de Santa Catarina. Na instituição, são feitos o diagnóstico e o acompanhamento do paciente, que pode ser encaminhado para o programa de fornecimento de medicamentos, desde que chegue ao hospital regulados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O oftalmologista Roberto Freitas de Castro Leão, que atua no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), que faz parte do Complexo Universitário da Universidade Federal do Pará (CHU-UFPA), explicou que o programa de dispensação de medicamentos é importante porque, como a doença não tem cura mas tem controle, o paciente tem que fazer uso de colírios que, muitas vezes são caros.
“No Bettina, a gente consegue fornecer toda classe de medicamentos para glaucoma, além de fazer todo o atendimento de média e alta complexidade, atendendo pacientes em casos mais complexos e com indicação de cirurgia por exemplo, ou acompanhando casos de glaucoma congênito”, explicou.
Mutirão com demanda regulada na Policlínica da Univasf 
Na manhã do dia 27 de maio, um mutirão com demanda de pacientes encaminhados via Secretaria Municipal de Saúde de Petrolina-PE, será realizado sob organização de discentes do curso de Medicina do Campus Sede da Univasf, docentes do Colegiado de Medicina e oftalmologistas parceiros.
Serão providenciados, no prédio da Policlínica da Univasf, exame físico oftalmológico, mensuração de acuidade visual, testes de reflexos e de ângulo camerular, dilatação pupilar, exame do fundo de olho, tonometria ocular, biomicroscopia ocular, além do fornecimento de orientações e cuidados.
Especialista ressalta serviços de alta tecnologia 
Um exemplo de atendimento de alta complexidade, envolvendo tecnologia avançada, de altos custos e que apresenta resultado expressivos no controle da doença é o Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), de Vitória (ES), segundo a oftalmologista Sheyna Reis da Silva Mattos, que atua no hospital e é especialista em glaucoma.
“Esta estrutura do Hucam tem o objetivo de proporcionar serviços de qualidade à população e atendimentos para casos mais avançados que muitas vezes requerem procedimentos cirúrgicos”, disse a especialista. Ela fez questão de divulgar a importância da conscientização, destacando o evento educativo chamado “24 horas pelo glaucoma”, da Sociedade Brasileira de Glaucoma e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, que pode ser visto no site https://www.24hpeloglaucoma.com.br/.

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