Política

“EU DEFINITIVAMENTE NUNCA FUI OMISSA”, AFIRMA GRAÇA

imagemEm respostas mais detalhadas, a presidente da Petrobras, Graça Foster, negou em entrevista ao jornal O Globo ter conhecimento das denúncias que a ex-gerente da estatal Venina Velosa da Fonseca disse ter feito a diretores e inclusive a ela. Ela também afirmou que as duas não eram tão próximas assim, como afirmou Venina ao Fantástico, descreveu a relação de confiança entre Venina e Paulo Roberto Costa e disse que a ex-funcionária foi para Cingapura duas vezes, a primeira para estudar e a segunda porque pediu, e não para ser isolada da companhia.

“A Venina nunca fez nenhuma denúncia usando as palavras conluio, cartel, corrupção, fraude, lavagem de dinheiro. A Venina nunca fez nenhuma denúncia na diretoria sobre essas questões, nunca falou desta forma para a diretoria e não falou para a Graça. (Eram) e-mails cifrados, truncados, muito misturados”, disse Graça Foster. “Ela nunca disse para a diretoria que vocês estão cometendo superfaturamento, que estão sendo corrompidos ou corrompendo”, acrescentou a presidente da Petrobras.

“Se cartel era discutido, era fora daqui. Irregularidades, era fora daqui, conluio, era fora daqui. Não consigo imaginar como a Venina poderia saber. Ela não me disse que havia e não me disse como ela sabia. O que ela tem dito, não para mim, é que tem informações que vem organizando há anos e que eu só entendo que será positivo para a Petrobras. Ela é uma pessoa muito organizada de fato, eu a vejo assim. Ao organizar documentos e mostrar que não tem nenhuma responsabilidade nas não conformidades, ela vai estar fazendo um bem para a Petrobras”, afirmou Graça, na sede da empresa.

Questionada se não era próxima da Venina, como descreveu a ex-empregada, Graça respondeu: “Não, nem de nada. A gente nunca teve problemas, nunca trabalhou juntas em nenhum projetos. Não éramos próximas, tínhamos talvez respeito. Os e-mails que ela escreveu para mim são muito respeitosos, e eu sempre a respeitei. Ali de longe vi e olhava aquela pessoa que trabalhava muito e era muito determinada”.

Sobre sua relação com Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento, área de Venina, descreveu. “Eu era gerente técnica, mas via o prestígio que ela tinha com o Paulo Roberto. Tanto que quando o Paulo foi para a TBG em 2003, quando ele veio em 2004 para ser diretor, três dias depois a Venina já era assistente do Paulo. Então tinha nela muita confiança, depois virou gerente-geral, gerente-executiva, tinha uma convivência intensa de trabalho com o Paulo”.

A presidente da estatal esclareceu que Venina Velosa da Fonseca foi duas vezes para Cingapura, a primeira para fazer “mestrado e pós-graduação de 20 meses” e a segunda, porque pediu para assumir o cargo de gerente-geral na planta do país asiático, que era subordinada à diretoria de Abastecimento. Ela negou que Venina tenha ido para ficar afastada da empresa, após as denúncias que disse ter feito à diretoria.

“Não existe isso exilado. Eu não sei se sofreu assédio. Não sei quais foram as circunstâncias da primeira transferência dela para Cingapura. Só sei que ela foi estudar. Mas ninguém é obrigado a nada, o dia que alguém fizer alguma coisa nesta empresa obrigado. Não conheço esse assédio”, disse Graça Foster. (247)

Blog do Banana

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