O prefeito do município de Afrânio, (Sertão do São Francisco, a 889 km do Recife), Carlos Cavalcante (PSD), reclama que se encontra sem condições de administrar a cidade, devido à herança de dividas e improbidades deixada pelo seu antecessor, Adalberto Cavalcanti Rodrigues (PHS), que dirigiu o município no período de 2001 a 2008, e atualmente exerce mandato como deputado estadual.
Adalberto Cavalcanti, que hoje se empenha em eleger a esposa, Lúcia Mariano, para a Prefeitura da cidade, aparece atualmente em primeiro lugar, no ranking dos piores deputados do Estado, segundo o site webdemocracia, e responde ao processo de número 0807040-4, do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), no qual é acusado de ter cometido 20 irregularidades administrativas durante seu mandato.
A auditoria realizada pelo TCE-PE nas prestações de contas de 2008 relaciona, entre as irregularidades, a nomeação e contratação de servidores durante o período de vedação eleitoral, sem comprovação de necessidade, exonerações de cargos em comissão, realizadas logo após o pleito eleitoral, suspeita do uso da máquina administrativa para fins eleitorais e desvio de função de cargos, utilizando-se de funcionários da Prefeitura para fins particulares, a exemplo da contratação comissionada de um locutor, que na verdade trabalhava na Rádio Rio Pontal, de propriedade do deputado.
Ainda de acordo com o Tribunal de Contas, Adalberto Cavalcanti é acusado de deixar dívidas de aproximadamente R$ 3 milhões e um rombo nos cofres da Prefeitura, de quase R$ 90 mil, quantia ainda passível de devolução, uma vez que o caso, por enquanto, não foi julgado.
O que os cidadãos de Afrânio querem saber, é por que acusações tão graves, que podem enquadrar o político como ficha suja e torná-lo inelegível por oito anos, ainda não foram julgadas pelo TCE-PE que, segundo denúncias, vem protelando o andamento do processo que amanhã completa quatro anos.
Fonte: Magno Martins
Blog do Banana
