“O jumento sempre foi o maior desenvolvimentista do sertão”, já dizia Luiz Gonzaga, ao cantar O Jumento é Nosso Irmão, ao levantar campanha de valorização do fiel ajudante do povo nordestino.
No entanto, nem mesmo Luiz Gonzaga poderia imaginar que chegaria o dia em que jumento seria sinônimo de “desperdício de espaço”. Tudo isso por ter sido gradativamente destronado do posto de meio de transporte oficial do sertão e pela a falta de atrativos comerciais para a utilização da espécie.
A situação problemática do jumento, com crescente número de abandono e de apreensões pelos estados, culminou no surgimento de uma parceria inusitada entre Brasil e China: o jumento nordestino pode virar item de exportação para a indústria alimentícia chinesa.
A parceria entre os países foi firmada ano passado, e prevê a venda de 300 mil espécies por ano, o que vai movimentar a economia da região, além de resolver o problema do excesso de animais, que devido à facilidade para a aquisição de credito, foi trocado por motocicletas, perdeu espaço e se desvalorizou.
A população chinesa é consumidora de carne de jumento, que atraiu o governo chinês a fazer acordo com o Brasil. A China abate cerca de 1,5 milhão de burros por ano. Na China a produção envolve tecnologia de ponta, tanto genética quanto na produção de alimentos.
A União Internacional Protetora dos Animais é contra a exportação.
Fonte: O Globo
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