Em Izacolândia, Zona Rural de Petrolina, o domingo (07) foi marcado por uma Feira de Saúde em busca de casos suspeitos para agravos como hanseníase. O evento, promovido pela Secretaria de Saúde de Petrolina, movimentou quase 30 profissionais no local.
Após avaliações dermato-neurológicas, que consistem em uma das formas de identificar casos suspeitos de hanseníase, foram detectadas seis ocorrências e um diagnóstico confirmado. Essas pessoas serão encaminhadas às Unidades de Atenção Básica e ao Serviço de Infectologia de Petrolina para que possam iniciar o tratamento, que é gratuito.
“No trabalho da Vigilância procuramos seguir os protocolos para a identificação de novos casos, sobretudo onde já temos um histórico de ocorrências. Importante ressaltar que a hanseníase tem cura, e que muitas vezes as pessoas não procuram atendimento por conta do preconceito”, explica a secretária executiva de Vigilância em Saúde, Marlene Leandro.
Além da busca ativa para o agravo, a Feira de Saúde contou com atendimento médico, testes rápidos de HIV e Sífilis, vacinação de BCG e ainda vacinação antirrábica canina e felina.
HANSENÍASE
A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen.
A suspeição da hanseníase é feita pela equipe de saúde e pelo próprio paciente. O diagnóstico é feito pelo médico e envolve a avaliação clínica dermatoneurológica do paciente, por meio de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora etc. Se necessário, será feita a baciloscopia, que corresponde à coleta da serosidade cutânea, colhida em orelhas, cotovelos e da lesão de pele, e ainda pode ser realizada biópsia da lesão ou de uma área suspeita.
A prevenção consiste no diagnóstico de todas as pessoas o mais rápido possível, e tratar para que as pessoas evitem a transmissão. Iniciado o tratamento, imediatamente a pessoa deixa de transmitir a doença.
“A gente estimula que os profissionais de saúde fiquem atentos para os sinais e sintomas da hanseníase, pois somos um país endêmico e precisamos ficar alerta para o diagnóstico não só do paciente, mas que a família e os contatos próximos também venham para ser examinados e diagnosticados o quanto antes”, destaca Marlene Leandro.
Ascom