Fiocruz vai desenvolver novo teste, investigar mortes de fetos e pesquisar transmissão da febre do oropouche

Por Ricardo Banana
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Pesquisadores do departamento de referência em arboviroses e do serviço de referência em controle de mosquitos vetores da fundação Oswaldo Cruz (fiocruz) vão pesquisar a febre do oropouche em Pernambuco.

A iniciativa acontece depois que o número de casos da doença aumentou no estado, passando até agora para 86 identificados e que a secretaria estadual de saúde confirmou a morte de quatro fetos infectados com o vírus.

O Ministério da Saúde confirmou, as duas primeiras mortes por febre do oropouche no país. As mortes confirmadas foram de duas mulheres do interior da Bahia, com menos de 30 anos, sem comorbidades. Segundo o ministério, “não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbitos pela doença”.

De acordo com a bióloga e biomédica Daniele Medeiros, especialista no estudo de insetos e integrante do departamento de entomologia da Fiocruz, e que vai integrar a equipe de pesquisadores da Fiocruz em Pernambuco que atuará nas investigações sobre o oropouche, o grupo de cientistas vai agir em três frentes:

Desenvolvendo um teste sorológico para auxiliar a testagem de casos juntamente com o laboratório central de Pernambuco (Lacen); capturando maruins e outros insetos que podem estar na região transmitindo a doença; fazendo treinamentos e desenvolvendo pesquisas específicas sobre o Oropouche.

Outro aspecto que vai merecer a atenção dos pesquisadores da Fiocruz são os quatro casos de perda gestacional já identificados em mulheres que tiveram sintomas da doença. Ainda não há comprovação de que a infecção tenha causado a interrupção das gestações. Até o momento, o laboratório central de Pernambuco (Lacen/Pe) confirmou 86 casos da febre do Oropouche em Pernambuco.

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