Desde que assumiu a Prefeitura do Recife, Gerado Julio (PSB) mostra todos os dias, com ações, que o governo do ex-prefeito João da Costa, seu aliado, foi péssimo.
Não importa se é uma estratégia ou uma maneira diferente de trabalhar, mas é uma denúncia da apatia da gestão petista, o que poderia até se entender como uma ruptura silenciosa.
E esse rompimento só não se concretizou de fato porque Geraldo Julio mantém o silêncio como arma. Não externa qualquer declaração contra o ex-prefeito.
Numa leitura mais amena pode-se dizer que o prefeito Geraldo Julio, ao fazer um mutirão para limpar a cidade e ao declarar que vai fazer uma a revisão de quase todos os contratos deixados por João da Costa, só para citar dois casos, faz apenas uma demarcação dos campos.
Na questão dos contratos, é evidente que o prefeito quer evitar que algo comprometedor complique a sua situação no futuro.
Porém, essa revisão poderia estar sendo feita sem anúncio mas Geraldo Julio preferiu fazê-lo, o que evidentemente deve provocar um desconforto no ex-prefeito.
Não se sabe os termos do acordo entre João da Costa e Geraldo Julio para que o petista, junto com a bancada do partido na Câmara de Vereadores, aderisse à gestão do socialista.
Até agora, com todas as denúncias silenciosas que Geraldo Julio faz e com as contas de João da Costa de 2009 reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado, nenhum petista fez a defesa do ex-prefeito. É muito estranho.
O silêncio de Geraldo Julio, que não admite nem ouvir as palavras “denúncia” e “rompimento”, serve para preservar a aliança política com um pedaço do PT e manter os petistas divididos.
Nisso, só quem perde é João da Costa, dependendo dos termos do acordo entre ele e o prefeito para selar a aliança com o PSB.
E o PT estadual, liderado pelo senador Humberto Costa e deputado João Paulo, assiste passivamente às denúncias silenciosas do prefeito que, além de desgastar ainda mais a imagem de João da Costa, colocam em xeque as gestões anteriores do partido.
Fonte: Diário de Pernambuco
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