Política

GOVERNO ANALISA PREÇOS DO PETRÓLEO PARA DECIDIR SOBRE AJUDA À PETROBRAS

imagemA presidenta Dilma Rousseff disse hoje (1) que a Petrobras “tem se adaptado” às dificuldades econômicas enfrentadas e que não descarta a adoção de uma política por parte do governo para salvar a estatal.

Durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, a presidenta disse que há outros fatores que influenciam o preço do petróleo, além da Petrobras, como a redução do câmbio em vários países, com exceção da União Europeia.

Perguntada se a União poderia ajudar a estatal a se capitalizar, Dilma não respondeu de forma direta, mas disse que o governo vai continuar analisando os desdobramentos da queda no preço do petróleo para decidir o que fará.

“O petróleo a preço mais baixo vai alterar de forma substantiva a economia internacional. É óbvio que o petróleo em níveis menores será sempre preocupante. O que nós faremos será em função do cenário nacional e internacional. Nós não descartamos que será necessário fazer uma avaliação se esse processo continuar. Agora, não somos nós, governo brasileiro, que descartamos. Nenhum governo vai descartar, incluindo a política do Fed [Banco Central dos Estados Unidos] de redução de juros”, disse.

De acordo com a presidenta, um “processo de recuperação” ocorrerá em todos os países, a partir do momento em que, em decorrência da desvalorização das moedas estrangeiras e do real, houver consequências não somente no aumento da exportação mas também na produção interna de insumos.

“Eu acredito que nessa questão do preço do petróleo estão embutidas muitas coisas além da Petrobras. Ela tem força para se manter. Ela produz petróleo em um preço muito baixo. Ela tem essa expertise, todo mercado sabe que ela produz a um custo baixo. Diante desse fato, ela tem se adaptado. Ela tem diminuído, por exemplo, seus investimentos. Não porque ela queira. É porque, se ela não fizer isso, não sobrevive. Ela toma também suas medidas”, afirmou.

Abaixo, reportagem da Reuters sobre a reação da Petrobras e do portal Infomoney sobre a queda nas ações da estatal:

Petrobras diz a analistas que não descarta ajuda do governo

SÃO PAULO (Reuters) – Com um elevado endividamento e a queda dos preços do petróleo, a Petrobras não descarta ajuda do governo federal, mas isso não está em discussão neste momento e seria a última opção, afirmaram executivos da empresa em encontro com analistas nesta sexta-feira, segundo relato do Itaú BBA em nota a clientes obtida pela Reuters.

Ainda de acordo com a nota do Itaú BBA a clientes, a petroleira vê a posição mínima de caixa de 15 bilhões de dólares sendo alcançada em meados de 2017 apenas considerando o pior cenário –anteriormente, a empresa informara que previa encerrar 2015 com caixa de cerca de 22 bilhões de dólares.

A Petrobras realizou encontro com analistas do “sell side” na manhã desta sexta-feira para discutir os ajustes no plano de negócios 2015-2019, anunciado no início da semana, no qual reduziu os investimentos em 24,5 por cento ante o valor original.

Nesta sexta-feira, a estatal também sinalizou que mais cortes nos investimentos (capex) podem ocorrer no futuro, especialmente em razão do efeito dos preços do petróleo na indústria de serviços e equipamentos, conforme relato dos analistas do Itaú BBA.

O petróleo está sendo negociado em mínimas de mais de dez anos, abaixo de 30 dólares o barril.

De acordo com a nota do Itaú BBA, a companhia sinalizou ainda que está totalmente focada no plano de desinvestimentos, com dez grupos de ativos para venda que valem mais de 15 bilhões de dólares.

Sobre a venda da fatia na petroquímica Braskem, a Petrobras disse que analisa todas as possibilidades.

Em relação a dividendos, o analista Diego Mendes e equipe citaram que a empresa apenas mencionou que estão trabalhando para aumentar os retornos aos acionistas, mas que o pagamento de dividendos depende dos lucros da companhia.

Ainda conforme a nota a clientes dos analistas do Itaú BBA sobre o encontro, a empresa vê como maior risco a ação coletiva contra a companhia nos Estados Unidos, na esteira do escândalo de corrupção no Brasil, mas não forneceu qualquer guidance sobre como o processo irá se desenvolver ou valores.

Às 12:46, as preferenciais da Petrobras recuavam 6,3 por cento e as ações ordinárias caíam 3,7 por cento, em meio a forte recuo dos preços do petróleo. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 2,6 por cento.

(Por Paula Arend Laier)

Petrobras alivia queda de até 9%; Usiminas afunda 8% e vira “penny stock”

 

Por Paula Barra • Ricardo Bomfim

12h31: Vale (VALE3, R$ 9,10, -5,70%; VALE5, R$ 7,08, -5,85%)

A Vale figuram próximas as mínimas do dia, assim como das siderúrgicas CSN (CSNA3, R$ 3,15, -4,55%), Usiminas (USIM5, R$ 0,96, -7,69%) e Gerdau (GGBR4, R$ 3,42, -3,12%), seguindo o desempenho das mineradoras externas, que são pressionadas pelo novo “sell-off” da Bolsa chinesa, que traz apreensão aos mercados globais. Com a derrocada, a ação da Usiminas perdia o patamar de R$ 1,00 e se tornava “penny stock” (ações de centavos).

O pessimismo leva abaixo os preços das commodities, com os metais caminhando para a 2ª semana de baixa. Ontem, estrategista do Citigroup disse que são fortes as chances do minério de ferro cair para baixo de US$ 30,00 a tonelada até o fim deste ano, seguindo o exemplo do petróleo.

12h29: Petrobras (PETR3, R$ 7,00, -3,45%; PETR4, R$ 5,36, -5,80%)

As ações da Petrobras aliviam queda após mergulharem até 9% após a presidente Dilma Rousseff afirmar que não descarta capitalização da Petrobras caso petróleo continue caindo. Após comentário, o terminal da Bloomberg informou que a Petrobras realizaria uma coletiva de imprensa às 13h30 (horário de Brasília). No entanto, a assessoria de imprensa da companhia negou a notícia.

Para Álvaro Bandeira, economista-chefe do home broker da Modalmais, a saída do governocapitalizando está sempre prevista, só não se sabe qual é o tamanho desta capitalização. “Se for só de R$ 50 bilhões não vão ajudar a Petrobras, enquanto uma capitalização suntuosa traria uma diluição acionária, o que levaria a muita confusão no mercado”, disse.

Antes da fala da presidente, a estatal pressionada principalmente pela derrocada dos preços do petróleo, caía agora 2,59%, mas chegaram a afundar mais de 5% nesta manhã, indo para baixo de US$ 30,00 – no patamar mais baixo desde 2003 -, em meio às especulações internacionais de que o Irã estaria perto de aumentar sua produção de petróleo.

O pessimismo leva praticamente toda a alta vista ontem nas ações da Petrobras embora. Na quinta-feira, os papéis da estatal marcaram sua primeira alta depois de três quedas seguidas. Dando força ao cenário nebuloso para as ações de commodities, projeções do mercado já trabalham com petróleo abaixo US$ 30,00 até o fim desse ano.

11h32: Suzano (SUZB5, R$ 16,10, +1,13%)

Neste momento, os papéis da exportadora de papel e celulose Suzano são os únicos que se salvam dentro das 61 ações que compõem a carteira teórica do Ibovespa. Apesar de outras ações esporadicamente aparecerem em alta, apenas a Suzano registra ganhos desde o início do pregão. Vale lembrar que a companhia é beneficiada pela alta do dólar, já que possui suas receitas denominadas na moeda norte-americana. Hoje o dólar comercial tem alta de 1,16% a R$ 4,0437 na compra e a R$ 4,0449 na venda. O dólar futuro para fevereiro sobe 1,1% a R$ 4,060.

11h04: Santos Brasil (STBP11, R$ 10,86, -1,45%)

A Santos Brasil informou ontem que paralisou temporariamente as operações no Tecon Santos e no Terminal de Veículos (TEV) em função do vazamento de produto químico e do incêndio ocorridos na tarde de quinta (14) no terminal da Localfrio, localizado na margem esquerda do Porto de Santos, no município do Guarujá.

O terminal de contêineres da Santos Brasil fica ao lado do terminal da Localfrio. Em nota, a Santos Brasil afirma que evacuou suas instalações no Porto de Santos como medida de precaução e que os funcionários da empresa foram dispensados. A companhia ainda informa que as operações serão retomadas assim que houver a liberação por parte das autoridades competentes.

10h57: Telebras (TELB4, R$ 2,19, +12,77%)

As ações da Telebras entraram em leilão às 10h38, quando disparavam 19%, saíram com alta de 12,77% e voltaram a entrar em leilão às 10h57. Os papéis da empresa apresentaram uma forte volatilidade nesta semana diante de notícia não confirmada sobre fusão com a Dataprev e a Serpro. As ações já disparam 278,57% nos últimos 5 dias.

10h35: Rumo (RUMO3, R$ 2,25, -13,79%)

As ações da Rumo desabam mais um dia na Bovespa, conquistando disparado o posto de pior ação do ano, com desvalorização superior a 60%. Essa é a 11ª sessão seguida de perdas da ação. Os papéis ficaram menos de um minuto em negociação e logo voltaram novamente para leilão na Bolsa, com preço teórico agora em R$ 2,18. Como pano de fundo, a companhia anunciou nesta manhã que pode cancelar aumento de capital de R$ 650 milhões.

O cancelamento pode vir após recomendação do conselho de administração, que vê risco potencial de que a captação não atingisse o mínimo necessário para se tornar viável diante do cenário macroeconômico, informa fato relevante da empresa, divulgado nesta manhã naCVM (Comissão de Valores Mobiliários).

A companhia informa que vai convocar nos próximos dias uma nova assembleia geral extraordinária (AGE) para referendar o cancelamento.

10h20: Ser Educacional (SEER3, R$ 7,13, -0,83%)

A Ser Educacional aprovou a recompra de até 2,95 milhões de ações ordinárias, no prazo de um ano. (247)

Blog do Banana

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress