Governo Federal custeará cirurgias ortopédicas de crianças com Zika Congênita em Pernambuco

Por Ricardo Banana
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Foi iniciado nesta segunda-feira (4), na Fiocruz Pernambuco, o “Colóquio sobre Síndrome Congênita associada à infecção pelo Zika Vírus”.

Como uma das ações do encontro, o Ministério da Saúde, junto da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco (SES-PE) e demais associações, apresentou apoio ao mutirão de cirurgias ortopédicas das crianças acometidas com microcefalia, por meio do “Programa Nacional de Redução das Filas”, compondo o custeio das cirurgias.

Além disso, foram reveladas e debatidas as estratégias para a elaboração de um plano nacional de combate à dengue e a arboviroses.

Entre 2015 e 2016, Pernambuco foi um dos principais focos da epidemia de Zika vírus. Como uma das decorrências da doença, o país registrou o nascimento de crianças com síndromes congênitas, interferindo na formação.

Hoje, com idade entre oito a nove anos, as crianças com microcefalia enfrentam problemas ortopédicos, que comprometem a qualidade de vida, principalmente com luxações nos quadris.

Conforme divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado, Pernambuco registra 121 crianças com a necessidade de realizar o procedimento. Dessas, 68 já receberam a indicação e devem realizar as cirurgias nos próximos meses.

Com um acordo orçado em R$ 3,8 milhões junto ao Hospital Maria Lucinda, o objetivo é de realizar 20 procedimentos por mês, passando das 200 cirurgias no biênio 2024/2025, como explicou a secretária da pasta, Zilda Cavalcanti.

“Existe a garantia de repasse do valor, que é do Tesouro de Pernambuco, liberado pessoalmente pela Governadora Raquel Lyra, com o compromisso de atender o mais rápido possível todas essas crianças e mães”, iniciou

“Existe a previsão de 200 procedimentos, com a possibilidade de aditar quantos mais foram necessários, para que num futuro breve, seja zerado a necessidade de cirurgias pelas crianças com síndrome do Zika Congênita”, completou a secretária.

Presidente da União Mães de Anjos (UMA), associação que acolhe as crianças com microcefalia, Germana Soares celebrou o acordo, mas argumenta que ainda há muito pelo que lutar e que outras demandas também são necessárias.

“De 142 crianças, foram operadas 19. Falta muito para se cantar vitória. A fila de operação está andando, mas tudo pela insistência das mães”, começou.

“Não tem somente as cirurgias ortopédicas, tem outras várias, acima de tudo, tratamento. Há 10 anos, estávamos falando que nossos filhos iam precisar de fisioterapia, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, inúmeras coisas. Expor a necessidade é o princípio para definir caminhos de solucionar a situação”, concluiu.

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